O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, anunciou hoje, 28, a reabertura em fases de escolas de todos os níveis de ensino, após o encerramento em Março para controlar a propagação da Covid-19.
Para permitir a entrada de investidores e gestores para “dinamizar a economia”, Nyusi disse que serão autorizados voos de países selecionados “em regime de reciprocidade”.
As regras para a retoma faseada das aulas e voos serão oportunamente anunciadas pelas autoridades competentes, disse Nyusi.
Estas mudanças enquadram-se no que Nyusi argumentou como necessidade de “reformular cautelosamente as medidas” de prevenção da Covid-19 para “evitar o colapso da economia.”
Na sua declaração à nação, Nyusi prorrogou por mais um mês o estado de emergência mantendo grande parte das medidas do nível três para a propagação da Covid-19.
Nyusi anunciou igualmente medidas que permitirão o aumento de trabalhadores nos serviços, maior acesso a restaurantes e reabertura de museus seguindo a etiqueta de distanciamento.
Na área de indústria e comércio, Nyusi anunciou que as autoridades vão prosseguir com as medidas de reorganização dos mercados por forma a manter o distanciamento entre os vendedores.
Veja Também COVID-19: Nampula vê disparar número de casos que ascendem a 307 em MoçambiqueQuanto ao sector dos transportes vai-se reforçar as medidas de controle dos motoristas e transportadores, sendo que o uso de máscaras e viseiras será obrigatório e a Policia de Transito é instada a realizar ações de fiscalização mais activa.
Em Moçambique, até agora 859 pessoas tiveram a Covid-19, dos quais 228 recuperaram e cinco morreram. O país regista já casos de transmissão comunitária.
Veja Também COVID-19: “Não temos condições” para a prevenção, dizem mendigos e vendedores em NampulaApesar do aumento de casos, o estadista lamentou o facto de existirem “compatriotas que continuam a realizar festas (...) há os que desinformam e outros que dizem que a Covid-19 é um fenômeno urbano”
Nyusi elogiou os “profissionais de saúde que mostram uma dedicação sem igual” na resposta à pandemia da Covid-19.