O Governo são-tomense anunciou novas medidas para proteger o setor privado dos efeitos das restrições impostas pela luta contra a pandemia da Covid-19, ao memos tempo que o Presidente da República, Evaristo Carvalho, alertou para a necessidade de transparência na utilização dos fundos postos à disposição do Executivo para mitigar os efeitos da crise.
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Carvalho defendeu que o apoio às empresas deve ser "abrangente, sem marginalizar outros setores, sobretudo os produtivos”.
Apesar do aumento do número de casos da Covid-19, que totaliza até este momento 619, o Chefe de Estado decidiu não renovar o estado de emergência que vigora há mais de dois meses.
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Em contrapartida, o Governo anunciou que vai decretar o estado de calamidade a partir do próximo dia 16 de junho.
"Concluiu-se que este é o último estado de emergência, que termina no dia 15 deste mês, e a partir daí será decretado, provavelmente, o estado de calamidade que poderá acontecer em várias fases", disse Adelino Lucas, o porta-voz do Governo, na quinta-feira, 11, no final da sexta reunião dos órgãos de soberania, convocada pelo chefe de Estado, para avaliar a situação da pandemia e a retoma da atividade económica.
Lucas acrescentou que, no âmbito da retoma da vida económica, "o Governo continuará a desenvolver esforços junto dos parceiros de cooperação para minimizar os efeitos negativos desta pandemia nas empresas".
O governante revelou que, no encontro, os titulares dos órgãos de soberania "lançaram um desafio para o estabelecimento de um pacto social de estabilidade para arrancar a economia do país".
O Secretário de Estado da Comunicação Social admite que “o período pós-coronavírus será pior porque o país deixou de ter receitas, o turismo deixou de funcionar, os serviços pararam, não há cobrança de impostos”.
Face a esta situação, uma das medidas anunciadas para proteger o setor privado foi a criação de um banco de fomento com crédito bonificado para mitigar os efeitos negativos da Covid-19 na economia do arquipélago.