Cabo Verde reabriu, nesta seguinda-feira, as fronteiras, podendo o país receber voos comerciais e viagens marítimas internacionais de passageiros.
O Governo disse que será feito no quadro de medidas sanitárias estabelecidas, nomeadamente a obrigatoriedade de apresentação do teste negativo de coronavirus pelo viajante.
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Spencer Lima, presidenteda Câmara de Comércio e Serviços de Sotavento , aplaude a medida, que dá algum fôlego de retoma à atividade económica no país.
Apesar de considerar que 2020 está praticamente perdido,Lima considera que " temos que preparar as condições para a retoma e a melhor forma passa pela abertura dos aeroportos e portos para viagens , obviamente cumprindo todas as medidas de segurança sanitária".
Quem também concorda com a medida é o antigo diretor geral da saúde e que já desempenhou funções de representante da OMS em alguns países africanos.
Rigor
António Pedro Delgado dá, no entanto,o benefício da dúvida quanto às condições anunciadas pelo Governo para que se façaa reabertura, no sentido de evitar a importação e propagação do vírus da covid-19.
Embora Cabo Verde esteja perante a União europeia nalista de países com maiores riscos em termos do número de casos para cada 100 mil habitantes, Delgadodiz acreditar que quem anunciou teve o cuidado de ultrapassar estas "questões".
"Vamos ver o que acontece nesta segunda fase de abertura do país, se estamos preparados para fazer esse controle", realça Delgado.
Obastonário da Ordem dos médicos, Danielson Veiga, diz que caso houver um controlo rigoroso na apresentação do teste negativo, em princípio não constituirá grande perigo a entrada de pessoas vindas do estrangeiro.