Costa do Marfim prepara-se para presidenciais por entre violência e contestação

Boletim de voto na Costa do Marfim para as eleiçōes de 31 Outubro 2020 9Photo by Issouf SANOGO / AFP)

A Costa do Marfim destacou cerca de 35 mil policias e forças de segurança da Costa do Marfim para a eleição presidencial da próxima semana, após incidentes de violência mortal terem prejudicado a campanha eleitoral, segundo disseram responsáveis à AFP.

Cerca de 14 mil policiais, 14 mil gendarmes e 7 mil soldados vão garantir a segurança no dia da votação, no próximo sábado, em operação apelidada de "tromba do elefante", uma referência ao símbolo nacional da Costa do Marfim, de acordo com a fonte policial.

As forças vão garantir a segurança das 22 mil assembleias de voto.

No poder desde 2010, o presidente Alassane Ouattara concorre a um polémico terceiro mandato, considerado "inconstitucional" pela oposição, que apelou à "desobediência civil" e a um "boicote ativo" à eleição.

Incidentes e confrontos mortais deixaram cerca de 30 mortos desde agosto. São grandes os temores de violência pós-eleitoral, após uma crise em 2010 em que 3 mil pessoas morreram, depois que Laurent Gbagbo se recusou a reconhecer a sua derrota para Ouattara.