A Procuradoria-Geral da República (PGR), acusou 340 casos de corrupção, nos primeiros seis meses de 2020, mais de metade dos processos de todo o ano passado, traduzindo a tendência crescente deste fenómeno no país.
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O porta-voz do Gabinete Central de Combate à Corrupção, Cristóvão Mondlane, admite que este crescimento é real e coloca desafios à Procuradoria-Geral da República, que em 2015 acusou 437 processos.
Ele avançou que em 2016, "subimos para 493, em 2017 para 695, em 2018 para 761, em 2019 para 764, e apenas, no primeiro semestre do presente ano, acusámos 340".
"Isto mostra que em cada ano que passa, infelizmente, nós estamos a subir, relativamente aos processos acusados relacionados com a corrupção", enfatizou o porta-voz do Gabinete Central de Combate à Corrupção.
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Ao nível da opinião pública, o sentimento é de que esta subida indica que o Gabinete de Combate à Corrupção tem de ser mais dinâmico.
Entretanto, o economista João Mosca diz que tentar combater a corrupção com detenções pode não resolver o problema, sugerindo, para além disso, muito trabalho na educação da sociedade.
O porta-voz do Gabinete Central de Combate à Corrupção diz, no entanto, que para além da instrução de processos e levá-los ao tribunal, a instituição investe nessa vertente.
"Nós temos desencadeado atividades preventivas, como forma de sensiblizar os cidadãos a mudarem de comportamento," disse Mondlane.
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