Consul belga defende eleições democráticas em Angola em encontro com activistas em Benguela

Jovens estudantes caminham pelas ruas de Benguela.

O cônsul e secretário-geral da embaixada da Bélgica em Angola, Pieter Jan Hamels, diz esperar que o país realize eleições democráticas e transparentes como caminho para um futuro promissor.

Em exclusivo à VOA, em Benguela, no final de um frente-a-frente com activistas, o diplomata não comentou os pontos divergentes entre o MPLA e a oposição, mas disse que a política externa dos belgas exige que haja apoio em nome da verdade eleitoral.

Na semana passada, Pieter Jan Hamels ficou a saber que a rede de activistas de Benguela desenvolve um projecto tendente a promover eleições transparentes.

Dias após a aprovação da Lei Orgânica das Eleições Gerais, só com votos do partido no poder, Jan Hamels sublinhou que o futuro do país passa por eleições democráticas.

"As eleições democráticas são importantes para o futuro, e as eleições, assim como os direitos humanos, são prioridade da política fora da Bélgica”, diz o diplomata, acrescentando que “nos processos eleitorais e nas discussões sobre a lei há muito barulho, é bom que haja debate forte e pacífico na mídia”.

O activista Eduardo Ngumbe disse à VOA que a Rede de Activistas está à procura de equilíbrios entre os actores políticos.

“Nós temos um pacote que fala sobre a justiça eleitoral, promovemos debates e capacitamos activistas para que, de certa forma, haja algum equilíbrio, sabemos quem decide, quem manda e como esta a legislação”, resume Ngumbe.

Evocando a paz, a estabilidade e a credibilidade de Angola, a oposição política pede que o PR não promulgue a Lei Orgânica das Eleições.