O Centro de Estudos e Pesquisa de Comunicação Sekelekani lançou, pela primeira vez, a Constituição da Republica de Moçambique em Emakhuwa e Changana, as suas mais faladas no país.
A iniciativa permitirá que mais de dez milhões de moçambicanos interpretem cabalmente a Lei Mãe, diz Maurício Bernardo, um dos tradutores.
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"Emakhuwa é a língua materna mais falada em Moçambique, com cerca de 5.8 milhões de falantes”, afirma Bernardo.
O país tem pouco mais de 29 milhões de habitants e a língua oficial, o Português, é falada por 3.6 milhões de pessoas.
O director executivo da Sekelekani, Tomás Vieira Mário, afirma que esta tradução vai permitir que mais moçambicanos possam participar no debate político nacional.
Vieira Mário acredita que com o domínio da Constituição da República em línguas locais, os moçambicanos poderão acompanhar e participar no processo de descentralização em curso no país.
“E vai poder ter a sua opinião”, diz Vieira Mário.
O ministro da Justiça, Joaquim Veríssimo, também diz que a tradução garante a inclusão e afirmação da cidadania no desenvolvimento do país.