O Conselho de Segurança das Nações Unidos (CS) manifestou o seu “apoio total” à posição da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da União Africana (UA) que reconheceram o Governo do primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, demitido no passado dia 31 pelo Presidente José Mário Vaz.
Na decisão tomada nesta segunda-feira, 4, numa breve reunião, o CS relembra que poderá tomar medidas apropriadas contra aqueles que comprometerem a estabilidade na Guiné-Bissau, de acordo com as resoluções sobre a Guiné-Bissau.
"O Conselho de Segurança também lembra a todos os actores que a possível reconsideração do regime de sanções existente dependerá de sua conduta ordenada, bem como de outros actores políticos e lembra às partes interessadas que considerará tomar medidas apropriadas contra aqueles que comprometerem a estabilidade", disse a presidente do CS durante este mês de Novembro, a embaixadora do Reino Unido, Karen Pierce.
Ao apresentar a posição do órgão máximo da ONU, Pierce reiterou “a necessidade urgente de se realizar eleições presidenciais a 24 de Novembro, conforme planeado, exortando o Presidente José Mário Vaz e o Governo liderado pelo Primeiro Ministro Aristides Gomes a resolver suas diferenças num espírito de cooperação” .
O CS também condenou a violência que deixou um morto durante uma manifestação da oposição, tendo o enviado sul-africano Jerry Matjila expressado esperança de que a estabilidade prevaleça.
“Esperamos que o exército permaneça nos quartéis, que os manifestantes possam baixar o tom e o país tenha eleições livres e justas", pediu Matjila.
A posição do CS da ONU surge depois da CEDEAO ter reiterado ontem que o Governo legítimo é o de Aristides Gomes, exonerado pelo Presidente José Mário Vaz.
Por seu lado, Vaz reiterou que a sua decisão “é irreversível” e convocou para o fim da tarde desta segunda-feira uma reunião do Conselho Superior de Segurança.