O Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou que o bombardeamento das forças russas que matou 35 pessoas e deixou 134 feridas neste domingo, 13, na região ocidental da Ucrânia, perto da fronteira com a Polónia, era esperado por Washington.
“Isto não é uma surpresa para a inteligência americana e a comunidade de segurança nacional”, disse Jake Sullivan em entrevista à cadeia televisiva CNN e acrescentou que “isto mostra é que Vladimir Putin está frustrado pelo facto de as suas forças não estarem a conseguir o progresso que ele pensava que fariam.”
Veja Também Rússia e Ucrânia indicam progressos em negociações de pazO ataque russo teve por alvo o Centro Internacional para Manutenção da Paz e Segurança, uma base militar no oeste da Ucrânia onde as tropas do país recebem treinos de especialistas da NATO.
As tropas da Aliança Atlântica na Polónia estão a apenas 25 quilómetros de distância, o que gerou preocupação pois um passo em falso dos militares russos pode levar a guerra para um caminho de consequências incalculáveis.
Veja Também Moçambicano sequestrado na Ucrânia já está em liberdadeEm declarações a outra cadeia de televisão, a CBS, Sullivan abordou a crescente preocupação dos Estados Unidos de a Rússia poder estar disposta a usar armas químicas na Ucrânia.
“Não podemos prever uma hora e lugar”, disse Sullivan, lembrando a escalada de retórica de Moscovo em acusar falsamente os Estados Unidos e a Ucrânia de desenvolverem armas químicas ou biológicas para usar contra tropas russas.
“Isso é um indicador de que os russos preparam-se para fazer isso” e culpar os outros, de acordo com aquele responsável americano.
Encontro com a China
Jake Sullivan e outros membros do Conselho de Segurança Nacional e do Departamento de Estado têm um encontro nesta segunda-feira, 14, em Roma, com o dirigento do Politburo do Partido Comunista Chinês e director do Escritório da Comissão de Relações Exteriores, Yang Jiechi.
A reunião, segundo o porta-voz do órgão americano, Emily Horne, “é parte dos nossos esforços contínuos para manter linhas abertas de comunicação entre os Estados Unidos e a República Popular da China”.
Ele acresentou que as duas delegações vão tratar da “competição entre os nossos dois países e discutirão o impacto da guerra da Rússia contra a Ucrânia na segurança regional e global”.