O Conselho Directivo da Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA) remeteu à Assembleia Nacional a proposta de perda de mandato do conselheiro Carlos Raimundo Alberto, apontado pela UNITA, depois de um processo disciplinar por oito faltas não justificadas.
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Alberto responde e diz estar a ser perseguido pelas suas posições públicas nas redes sociais.
Uma nota da ERCA diz que a deliberação do seu Conselho Directivo foi alicerçada no relatório final produzido por uma comissão nomeada para analisar os factos disciplinares imputadaos ao conselheiro Carlos Alberto que, ao contabilizar mais de oito faltas injustificadas, infringiu de forma grave o regimento daquela instituição e violou também as normas do Código de Conduta e Ética dos membros do Conselho Directivo.
A nota acrescenta que Alberto foi notificado por duas vezes para ser ouvido, com a possibilidade de defesa, mas recusou-se a exercer esse direito.
Em resposta, Carlos Alberto disse à VOA não ser a verdade e que a perseguição contra si tem a ver com as suas posições nas redes sociais.
“Eles alegam oito faltas injustificadas e quebra de sigilo profissional, mas só eles sabem como contaram as faltas”, explica Carlos Alberto, acrescentando “ter tido um desentendimento como Presidente da ERCA e que foi de férias depois de ter combinado tudo com ele”.
“Em relação ao sigilo profissional, nunca escrevi nada sobre o trabalho da ERCA nas redes sociais, por isso isto é falso”, sublinhou Alberto.
O conselheiro disse que a sua demissão vai depender da vontade política do MPLA, “como partido maioritário”.
Até ao momento, nem a UNITA nem o MPLA se pronunciaram sobre este caso.