Conflitos entre cidadãos e polícia preocupam na Huíla

  • VOA Português

Lubango

Três cidadãos morreram em envolvimento com a polícia este ano

O número de cidadãos mortos com envolvimento de agentes da Polícia Nacional está a deixar preocupados alguns segmentos da sociedade civil da província da Huíla.

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Mortes ás mãos de polícias causam apreensão no Lubango - 1:52

Só no primeiro trimestre do corrente ano, três cidadãos morreram no Lubango por desentendimento com elementos afectos à Polícia Nacional, embora em nenhum dos casos tenha ocorrido no pleno exercício das suas funções.

O jurista Bernardo Peso lembra que os comportamentos desviantes dentro da corporação são punidos pelo regulamento da Polícia Nacional que igualmente sanciona duramente o agente que transgride mesmo fora de funções.

"O polícia está vinculado a determinados princípios quer esteja de serviço quer não. Até porque as normas policiais são mais rígidas. O regulamento policial diz que o polícia demitido jamais voltará a ser readmitido na corporação", explica Peso.

Os casos que têm suscitado revoltas sobretudo entre as famílias das vítimas que nunca conhecem o desfecho dos processos, acontecem quando a polícia na região afina mecanismos para garantir o chamado policiamento de proximidade.

Neste sentido, os comandantes dos 14 municípios da província foram alvo de uma formação em direitos humanos, promovida pelo comando da Huíla da Polícia Nacional.

O segundo comandante da Polícia Nacional na Huíla, Florêncio Ningui, lembra que a corporação está atenta aos comportamentos desviantes dentro da instituição e tem mão pesada para com os infratores.

"Independentemente da polícia levar o indivíduo ao Ministério Público tem o seu procedimento administrativo interno. É aberto um processo disciplinar mesmo que aquele processo no ponto de visto do acto criminal termine, mas o processo criminal prossegue os seus interesses para seja sancionado de acordo com aquilo que são os princípios da polícia", disse.