O número de cidadãos mortos com envolvimento de agentes da Polícia Nacional está a deixar preocupados alguns segmentos da sociedade civil da província da Huíla.
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Só no primeiro trimestre do corrente ano, três cidadãos morreram no Lubango por desentendimento com elementos afectos à Polícia Nacional, embora em nenhum dos casos tenha ocorrido no pleno exercício das suas funções.
O jurista Bernardo Peso lembra que os comportamentos desviantes dentro da corporação são punidos pelo regulamento da Polícia Nacional que igualmente sanciona duramente o agente que transgride mesmo fora de funções.
"O polícia está vinculado a determinados princípios quer esteja de serviço quer não. Até porque as normas policiais são mais rígidas. O regulamento policial diz que o polícia demitido jamais voltará a ser readmitido na corporação", explica Peso.
Os casos que têm suscitado revoltas sobretudo entre as famílias das vítimas que nunca conhecem o desfecho dos processos, acontecem quando a polícia na região afina mecanismos para garantir o chamado policiamento de proximidade.
Neste sentido, os comandantes dos 14 municípios da província foram alvo de uma formação em direitos humanos, promovida pelo comando da Huíla da Polícia Nacional.
O segundo comandante da Polícia Nacional na Huíla, Florêncio Ningui, lembra que a corporação está atenta aos comportamentos desviantes dentro da instituição e tem mão pesada para com os infratores.
"Independentemente da polícia levar o indivíduo ao Ministério Público tem o seu procedimento administrativo interno. É aberto um processo disciplinar mesmo que aquele processo no ponto de visto do acto criminal termine, mas o processo criminal prossegue os seus interesses para seja sancionado de acordo com aquilo que são os princípios da polícia", disse.