A comunidade do Golfe, no Lobito, pede que o Governo provincial de Benguela resolva com celeridade o conflito de terra com Nádia Furtado, funcionária da Administração Municipal.
Uma concessão a favor de Nádia, assinada há cinco anos pelo então governador, Armando da Cruz Neto, deixou centenas de populares sem espaço para a autoconstrução dirigida.
O actual governador diz que o problema está a ser solucionado, mas a Omunga diz o contrário.
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Nádia Furtado ficou com 12 hectares, qualquer coisa como 12 campos de futebol, no quadro de uma concessão ilegal aos olhos de juristas, uma vez que um governador não tem competências para ceder um espaço com esta dimensão.
Centenas de famílias que se sentem excluídas e violentadas pelas forças de segurança no final de 2015 dizem que podem ficar sem espaço para a construção das suas casa.
Muitas delas sofreram com as enxurradas de Março passado, já que viviam em zonas de risco.
Representantes da comunidade do Golfe pediram recentemente ao governador celeridade na solução do conflito de terra.
“Estas pessoas pretendem construir, mas não podem porque a dona Nádia continua no local com todas as parcelas”, disse um representante da comunidade, antes de ter solicitado a Isaac dos Anjos mais celeridade na resolução do caso.
Confrontado com o problema, o governador disse que o problema ficou resolvido da melhor maneira.
“Mantivemos uma área para a comunidade que supostamente seria despojada, por isso solicitámos uma pequena amputação da área da dona Nádia”, afirmou o governador, adiantando que o processo e acompanhado pela organização não governamental Omunga.
Em resposta, em nota publicada no seu blog, a Omunga adverte que existem no local máquinas de um general, para a insatisfação de munícipes que não acreditam nas garantias do governador provincial.