Rússia: Rejeitada candidatura presidencial de Boris Nadezhdin, opositor à guerra na Ucrânia

  • AP

Boris Nadezhdin, candidato presidencial do Partido da Iniciativa Cívica, na entrega de assinaturas para a sua candidatura na Comissão Eleitoral Central, em Moscovo, a 31 de janeiro de 2024.

Na semana passada, a comissão declarou que mais de 9.000 assinaturas apresentadas pela campanha de Nadezhdin eram inválidas - o suficiente para o desqualificar.

O político liberal russo, Boris Nadezhdin, perdeu, na quinta-feira, 15 fevereiro, um recurso que contestava a decisão das autoridades eleitorais de o impedirem de concorrer na votação do próximo mês, em que o Presidente Vladimir Putin tem quase a certeza de ganhar.

Boris Nadezhdin tinha feito do apelo ao fim do conflito na Ucrânia o seu principal “slogan” de campanha e a sua retirada da corrida indicou que as autoridades não tolerarão qualquer oposição pública à ação do Kremlin.

Your browser doesn’t support HTML5

Antes da votação de março, a Rússia desqualifica o único candidato pacifista a Putin

Na quinta-feira, o Supremo Tribunal da Rússia recusou o recurso de Nadezhdin contra aspetos técnicos da decisão da semana passada da Comissão Eleitoral Central de o excluir das eleições presidenciais de 15 a 17 de março. O tribunal ainda não analisou o seu outro recurso contra a decisão da comissão.

Your browser doesn’t support HTML5

Navalny está preso em colónia no Ártico

Milhares de russos em todo o país assinaram petições de apoio à candidatura de Nadezhdin, uma manifestação de apoio invulgar num cenário político rigidamente controlado. Nadezhdin, um legislador local de uma cidade perto de Moscovo, apresentou 105.000 assinaturas à Comissão Eleitoral Central para se qualificar para a corrida.

Veja Também Navalny, crítico do Kremlin, ganha o prémio Sakharov da União Europeia

Na semana passada, a comissão declarou que mais de 9.000 assinaturas apresentadas pela campanha de Nadezhdin eram inválidas - o suficiente para o desqualificar. De acordo com as regras eleitorais russas, os potenciais candidatos não podem ter mais de 5% das suas assinaturas rejeitadas.