Empresários e industriais na província da Huíla voltaram a manifestar-se preocupados com o atual ambiente de negócios desfavorável agravado com o impacto da covid-19.
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A desvalorização do kwanza face à moeda estrangeira (dólar e euro), a concorrência desleal por parte de empresários estrangeiros na sua maioria oeste africanos são alguns males apontados para os quais as agremiações pedem intervenção das autoridades.
As inquietações foram colocadas num encontro recente dos empresários locais com o governador da Huíla, Nuno Dala.
O presidente de direcção da Associação Agropecuária, Comercial e Industrial da Huíla, (AAPCIL), a maior organização empresarial da região, Paulo Gaspar, diz que o comércio do pão é o exemplo de como está hoje o ambiente de negócios.
“ Hoje se tivermos três padarias nacionais é muito porque os libaneses e malianos usando a política do dumping conseguiram fechar todas as nossas padarias hoje eles é que mandam no mercado do pão que é um bem básico para qualquer nação”, disse. “Esta prática não acontece só nas padarias mas acontece em quase todos os setores de vendas”, acrescentou
O representante da Associação Industrial de Angola (AIA) na Huíla, Francisco Chocolate, revela-se apreensivo com a reiterada falta de transparência na divulgação dos concursos públicos de adjudicação das empreitadas.
“ Os empresários solicitam que haja o lançamento do concurso e deve ser anunciado também nos órgãos oficiais nos órgãos de comunicação social, se não vamos viver sempre de concursos internos e ninguém apercebe-se do que houve”, disse
O governo da Huíla diz estar ao corrente dos desafios colocados pelos empresários e sabe da importância estratégica destes na economia.
O governador, Nuno Dala, ciente das actuais dificuldades, promete transparência nos concursos públicos.
“ O nosso orçamento não é saudável, mas queremos ser o suficientemente transparentes o pouco que recebermos temos que fazer chegar com transparência as pessoas que vão concorrer a esse concurso público”, disse.
O nosso único veículo vai ser o Jornal de Angola e vamos estar abertos a reclamações”, acrescentou