Comunidade rural em África está a receber ajuda do PADPALOP para combater seca, insegurança alimentar e probreza energética

  • Danielle Stescki

Cláudio Cambimbi, presidente do PADPALOP

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Jovens profissionais africanos com formação de referência e diversas especialidades uniram forças para ajudar seus países de origem. Em entrevista à Voz da América, o presidente do PADPALOP, Cláudio Cambimbi, falou sobre o Programa de Apoio para Desenvolvimento dos Países Africanos de Língua Portuguesa. O projeto surgiu da iniciativa de jovens africanos e brasileiros com o intuito de mitigar problemas, como seca, insegurança alimentar, pobreza energética e desafios na área da educação.

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"Nós temos várias coordenações. Nossa equipa é multidisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar. Isso é importante porque nós temos profissionais de várias áreas, como antropologia, psicologia, engenharia e agronomia," disse.

Cambimbi explicou, por exemplo, que a coordenação de energia planeja e executa projetos voltados a energia renovável. A coordenação de agricultura planeja e executa programas com o objetivo de combater a fome, e a de mudanças climáticas faz previsão e identificação de secas hidrológicas e meteorológicas nos países africanos para servir de alerta para os tomadores de decisão e os municípes. O programa tem mais de 60 membros, que estão estão espalhados pelo mundo.

"A princípio escolhemos cinco países de língua oficial portuguesa para atuar, isso por causa da facilidade da língua. Todos nós falamos o português, então Isso facilita bastante, mas atuamos principalmente em comunidades rurais, porque são as mais afetadas pela seca, insegurança alimentar e também a baixa a taxa de eletrificação," sublinhou.

Vários treinamentos são oferecidos às populações do campo, como o uso correto da terra e o cultivo de fertilizantes, disse Cambimbi. "Também levamos projetos de energias renováveis, por exemplo, para aumentar a taxa de eletrificação nessas comunidades rurais".

O presidente do PADPALOP explicou que trabalham de forma holística e falam a língua local.

"Quando vamos a uma província em Angola, por exemplo, que fala o nosso dialeto kikongo. Nós não chegamos lá falando português. Chegamos lá falando em kikongo, porque entendemos que se falarmos a língua nativa seremos melhores recebidos".

Cambimbi concluiu acrescentado que na Guiné-Bissau e em Cabo Verde a sua equipa fala em crioulo. "O importante é que a população local entenda a mensagem".