Comunidade médica marchou em Maputo contra violação dos direitos humanos

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Membros da comunidade médica moçambicana marcham em direção à estátua Eduardo Mondlane em protesto contra a violação dos direitos humanos

Médicos e outros profissionais da saúde marcharam, hoje, pelo fim da violência no país e pelo respeito aos Direitos Humanos.

O ponto de partida foi a Associação Médica de Moçambique e os profissionais de saúde marcharam até ao Banco de Socorros do Hospital Central de Maputo, com o objectivo de apelar ao respeito à vida e aos direitos humanos.

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O presidente da Associação Médica de Moçambique, Milton Tatia, avançou que uma ambulância foi vandalizada ontem, quando levava um profissional de saúde, o que considera muito grave.

Comunidade médica marcha contra a violação dos direitos humanos em Maputo, com cartazes pedindo para se investir no povo e que o povo tem direito à vida

Em declarações à imprensa Milton Tatia disse ainda que a manifestação dos médicos não tem nenhuma inclinação política, mas está relacionada com a violência que o país vive.

“Nós fomos formados e juramos salvar vidas. Dói-nos muito quando vemos crianças, jovens, idosos a morrerem por conta destas manifestações, além de que as vítimas que não morrem sobrecarregam os serviços de emergência e de trauma”, disse Tatia.

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De lembrar que Moçambique tem estado sob tensão desde a realização das eleições gerais de 9 de outubro.

As manifestações e consequentes confrontos entre polícia e manifestantes agravaram-se após a Comissão Nacional de Eleições ter anunciado os resultados, a 24 de outubro, que davam vitória ao candidato do partido no poder Frelimo, com 70% dos votos, sendo seguido pelo candidato apoiado pelo partido Podemos, Venâncio Mondlane.

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Mondlane, que disputa os resultados, tem convocado manifestações e paralisações gerais desde então.

Através das redes sociais, Venâncio Mondlane anunciou que se vai juntar à manifestação que ele convocou para 7 de novembro.

C/AFP