Sete comissários da Comissão Provincial Eleitoral de Benguela (CPE), todos da oposição, demarcam-se dos resultados provisórios devido ao que chamam de atropelos à legislação, com realce para a falta de um escrutínio neste círculo eleitoral.
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Na tomada de posição na segunda-feira, 28, já depois das queixas de partidos que falam em discrepâncias nos resultados, afirmaram que não tencionam fazer parte da histórica de Angola pelos piores motivos.
Tratou-se, conforme sublinharam, de um jogar fora do ‘’casaco da ilegalidade’’, falhadas as diligências internas para um cenário diferente.
Florêncio Canjamba, um dos comissários, diz que o grupo não reconhece os resultados porque ninguém vê os votos das actas das mesas.
“Só estão a ser analisados os votos nulos e os reclamados. Para completar este processo, era preciso, portanto, fazer também o apuramento dos votos das actas das mesas ou das operações’’, lembra Canjamba.
Por isso é que eles não querem ver os seus nomes colados a ilegalidades, tal como refere a comissária Emília Augusto.
“Para que os angolanos, amanhã, não nos apontem o dedo, não queremos ser cúmplices, uma vez que não houve escrutínio. Não queremos, dizia, ver os nossos nomes na lista dos falhados’’, salienta Emília Augusto, que fala em nome de um grupo de ‘’cabeça erguida’’ e a ‘’assumir as consequências’’.
Contactado pela VOA, o porta-voz da CPE, Evangelista Basílio, que dizia não ter conhecimento desta posição, garantiu que estava em curso o escrutínio provincial e prometeu prestar declarações mais tarde.
Os dados provisórios, já contestados pela oposição, dizem que o MPLA comanda o círculo provincial com 61%, cifra que lhe confere quatro deputados.
A UNITA vem a seguir com quase 28 por cento, ficando com um deputado na Assembleia Nacional.