Comissária Africana de Direitos Humanos pede maior combate ao tráfico de mulheres em Angola

A Comissária Africana dos Direitos Humanos e dos Povos pede ao Executivo angolano para melhorar as condições dos cidadãos nacionais para se evitar o trafico de mulheres.

Em entrevista a Voz da América a comissaria de direitos humanos sul africana Corlett Letlo Jane considerou que a pobreza é o principal factor que leva a mulher a aderir a estas práticas.

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Comissária Africana dos Direitos Humanos pede maior combate ao tráfico de mulheres em Angola - 2:06


"Aspectos de tráfico de de seres humanos e de mulheres é comum e é do conhecimento de todos, as pessoas vèm para estes países à procura de melhores condições de vida e acabam por ser traficadas de um lado para o outro", disse Corlett Letlo Jane do Instituto Sul-Africano de Direitos Humanos que chamou a atenção ao governo angolano, para que os grandes negócios beneficiem mais os nacionais ao invés do estrangeirso, como acontece em Angola.

"Estou aqui em Angola há alguns dias e vi que muitos negócios são controlados por estrangeiros sobretudo portugueses; neste hotel que estamos hospedados por exemplo, a diária custa 400 dólares, acho exorbitante, de quem são estes negócios?, perguntou para continuar: "Sendo de estrangeiros eles acabam por levar os lucros, para as suas terras de origem e a população angolana acaba por não ter nada; é necessário que o governo crie melhores condições de vida para que a população beneficie também destes negócios".

O caso que envolveu a detenção do jovem Manuel Nito Alves, um menor de idade, não escapou à observação negativa da Comissaria Africana dos Direitos Humanos e dos Povos.

"Nós sabemos ser contra a legislação angolana encarcerar um menor de idade com adultos, então eu vou continuar a velar e a lutar pra defender os defensores de direitos humanos em Angola", adiantou.

Quem também se mostra disponível para lutar contra as violações de direitos humanos, sobretudo o tráfico de mulheres e de crianças, é a Open Society Angola.

Segundo Katila Pinto daquela organização, "a questão do tráfico de mulheres obviamente que nos preocupa por ser uma clara violação dos Direitos Humanos das mulheres, da mesma forma que nos preocupa o trafico de crianças".