Em Cabo Verde, com o fim das erupção do Vulcão do Pico, na ilha do Fogo e depois dos primeiros apoios para a instalação das famílias evacuadas de Chã das Caldeiras, as autoridades centrais e locais já trabalham naquilo a que chamam reconstrução do Fogo.
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Essa designação, contudo, tem levantado algumas interrogações já que apenas parte da ilha, a região de Chã das Caldeiras, sofreu consequências directas da erupção vulcânica, que acordou 19 anos depois da última erupção, ou seja, no passado 23 de Novembro.
Para os presidentes das câmaras municipais de Santa Catarina, São Filipe e Mosteiros, faz todo sentido falar-se da reconstrução do Fogo, projecto cuja verba deve rondar os seis milhões de contos.
Nesse processo, devem ser construídas cerca de 200 casas, escolas, igrejas, cisternas-reservatórios de água, adegas, estradas, sede do Parque Natural do Fogo e outras novas infra-estruturas.
O presidene da Câmara Municipal de São Filipe Luis Pires considera que as infra-estruturas, nomeadamente estradas que ligarão as diferentes localidades e outros projectos terão abrangência a nível de toda ilha. Por outro lado, o defende que neste momento é preciso pensar o Fogo como um todo, tendo em vista o processo global do desenvolvimento da Ilha do Vulcão .
Por seu lado, o edil dos Mosteiros Fernandinho Teixeira diz que após os estragos provocados pela erupção vulcânica, deve-se envolver as diferentes partes, tais como Governo, câmaras Municipais e habitantes de Chã das Caldeiras, na procura de melhores entendimentos, para a criação de condições efectivas visando o assentamento das pessoas, assim como a implementação de projectos que permitam alavancar as potencialidades local e da ilha.
Neste momento ainda não está definido o espaço para a construção de uma nova zona habitacional.
A vontade dos habitantes revela-se importante, mas os três presidentes de câmaras municipais do Fogo consideram que o parecer de uma comissão técnica deverá ser determinante para a escolha da zona.
Ainda assim, o edil de Santa Catarina, município a que Chã das Caldeiras pertence, Aquileu Amado, está inclinado a que o novo assentamento seja edificado na sua circunscrição.
Enquanto as autoridades estão a trabalhar na implementação do projecto para a reconstrução do Fogo, há relatos de que alguns habitantes já estão a regressar para fixar residência em Chã das Caldeiras.
No meio disso, constata-se que outros apenas preferem regressar para o trabalho agrícola, a poda das videiras e outras actividades, tendo em conta que a colheita das uvas será feita no mês de Julho.
Como alguns já disseram e escreveram, o Vulcão do Pico revela-se importante para as populações de Chã das Caldeiras, por isso com erupção ou não, nunca vão abandonar essa localidade, que é muito produtiva.