Catorze homens armados e dois agentes da polícia morreram na sequência da tentativa de assalto a unidades policiais na vila de Mocímboa da Praia, na província moçambicana de Cabo Delgado.
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Os dados foram revelados no início da tarde desta sexta-feira, 6, pelo porta-voz do Comando Geral da Polícia da República de Moçambique, em Maputo, Inácio Dina, que admitiu a possibilidade de haver mortos entre civis.
“Contam-se neste momento 14 bandidos armados mortos e vários feridos que continuam a fugir. Das diligências que estamos a fazer consta que são moçambicanos e as motivações é que pretendiam semear o medo e terror nas populações”, disse Dina.
A polícia afirma ter a situação em Mocímboa da Praia sob controlo, mas a nível da sociedade moçambicana oedem-se mais esclarecimentos.
Ana Rita Sithole, deputada da Assembleia da República deixou a sua opinião, num programa televisivo em Maputo.
“Eu aguardo esclarecimento e quero crer que as autoridades competentes de defesa e segurança devem aparecer para explicar-nos que é que há”, pediu.
Já a activista dos direitos humanos, Alice Mabota, não tem dúvidas de que há células do Al-Shabab activas em Moçambique.
“Há grupos conhecidos do Al-Shabab que são moçambicanos porque é muito fácil quando a pessoa é incutida através da religião e acredita”, completa Mabota.
Os próximos dias deverão trazer mais respostas a estas e outras questões sobre esta situação.
Os combates começaram na madrugada de quinta-feira, 5.
Dina indicou ainda a existência de um número não especificado de feridos porque muitas pessoas têm receio de ir aos hospitais para não serem identificados como membros do grupo rebelde.
Fontes em Mocímboa da Praia, no entanto, garantiram à VOA que a situação continua tensa na vila, comércios e serviços estão fechados e muita gente fugiu para as matas.