A províncias moçambicanas de Niassa, Nampula e Zambézia registam um surto de cólera que já provocaram cinco mortes e mais de 870 pessoas infectadas.
Os dados foram apresentados nesta quarta-feira no Parlamento pela ministra da Saúde Nazira Abdula, que recusou a falar em epidemia por serem números que estão dentro dos limites aceites pela Organização Mundial da Saúde.
Moçambique está agora na época chuvosa, considerada propícia para a propagação da chamada doença das mãos sujas.
A governante garante que todas as medidas de prevenção estão a ser tomadas, mas chama a atenção para a desinformação, que dá conta de que a cólera é uma doença inventada pelas autoridades.
Para Nazira Abdula, a desinformação é um dos piores factores de multiplicação da doença.
Moçambique viveu há sensivelmente uma década e meia, o pior surto de cólera de que há memória e que resultou na morte de centenas de pessoas, apenas na cidade de Maputo.
Na sequência daquela epidemia, o país ensaiou em 2006 uma vacina contra a cólera, que resultou eficaz acima de 90 por cento, contudo, não chegou de ser licenciada pela OMS.