A cadeia de televisão norte-americana CNN anunciou ter entregue nesta terça-feira, 12, num tribunal de Washington um processo contra a Administração Trump e no qual exige a restituição da acreditação do seu correspondente na Casa Branca Jim Acosta
No pedido, a cadeia defendeu que "a indevida revogação das acreditações da CNN e de Acosta viola os seus direitos de liberdade de imprensa consagrados na primeira e quinta emendas da Constituição”.
O processo visa o Presidente Trump, o chefe de Gabinete, John Kelly, a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, o chefe adjunto de Comunicação, Bill Shine, o director dos Serviços Secretos, Joseph Clancy, e um agente do mesmo serviço cujo nome não foi revelado.
"Embora o processo seja específico da CNN e de Acosta, isso poderia ter acontecido com qualquer pessoa. Se não fosse contestado, as acções da Casa Branca criariam um perigoso efeito inibidor para qualquer jornalista que cobrisse nossas autoridades eleitas”, afirmou a CNN em nota.
A Casa Branca anunciou no passado dia 7 a suspensão da acreditação de Jim Acosta após uma discussão com Trump durante uma conferência de imprensa.
Para justificar a decisão, um comunicado da secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, o jornalista "colocou as mãos" na mulher que tentava tirar o seu microfone.
"O Presidente Trump acredita na liberdade de imprensa e espera que façam perguntas difíceis. No entanto, nunca vamos tolerar um jornalista que ponha as mãos em cima de uma mulher jovem que simplesmente tenta fazer seu trabalho como estagiária na Casa Branca", afirmou a nota.
A Associação de Correspondentes da Casa Branca considerou inaceitável a medida tomada pela Casa Branca.