Clientes acusam banco estatal de mexer nas suas contas

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Clientes do Banco de Poupança e Crédito queixam-se de constantes descontos de que são vítimas nas respectivas contas.

Os clientes do Banco de Poupança e Crédito dizem que esta foi uma situação recorrente em 2013 e voltou a repetir-se agora por ocasião do pagamento de salários de Janeiro último aos funcionários públicos.

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Carolina Aguiar revela que foram retirados da sua conta mais de 49 mil Kwanzas e até momento a gerência da instituição bancária não se pronunciou. Ela diz nunca ter solicitado nem beneficiado de algum crédito.

Paulino de Fátima Adolfo é outro funcionário público com salário domiciliado no Banco de Poupança e Crédito e também foi vítima daquela instituição financeira que lhe retirou mais de 20 mil Kwanzas sem ter beneficiado de nenhum crédito:

«Estar a sacrificar a minha família e os meus projectos porque o banco assim o entendeu. Mexeu ou movimentou a minha conta sem explicações», denuncia.

Eugénia Neto outra cliente de descontos na ordem de mais de 39 mil Kwanzas em Janeiro, conta: «39.000.00 e qualquer coisa na minha conta. Já estou há um ano sem usar o multicaixa do BPC e até hoje não tenho uma justificação plausível sobre os descontos que foram feitos no mês de Janeiro. Quando solicitei explicações disseram que eu havia levantado o dinheiro no mês de Julho e, não estou entender nada», revelou.

Já Carvalho António, outro funcionário público, deparou-se com um caso diferente. Quando no balcão do BPC solicitou o extracto de sua conta deparou-se com dinheiro a mais. Carvalho preferiu não mexer no dinheiro.

A Voz da América contactou o Banco de Poupança e Crédito no Sumbe na tentativa de esclarecer a retirada de dinheiro das contas de clientes, mas até agora o supervisor regional não reagiu.

O Banco de Poupança e Crédito é uma instituição financeiro do Estado e detém o maior número de clientes como trabalhadores da saúde, educação, Forças Armadas, Polícia Nacional, só para citar alguns.

Ao que a Voz da América apurou muitos clientes estão a deixar o BPC e a procurar outras instituições, no entanto, os ministérios insistem com os funcionários para manterem as suas contas no banco estatal para efeitos de pagamentos dos salários.