Claudia Sheinbaum, eleita primeira Presidente do México

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Claudia Sheinbaum, eleita Presidente do México

Claudia Sheinbaum foi eleita no domingo, 2, a primeira mulher Presidente do México com uma vitória esmagadora no final de um processo eleitoral marcado pela violência.

Apoiantes da candidata da esquerda com bandeiras no ar cantaram e dançaram em comemoração à vitória do candidato do partido no poder, num país onde cerca de 10 mulheres ou meninas são assassinadas todos os dias.

“Quero agradecer a milhões de mulheres e homens mexicanos que decidiram votar em nós neste dia histórico”, disse Sheinbaum à multidão.

Claudia Sheinbaum gesticula para os seus apoiantes depois de vencer as eleições presidenciais, na Praça Zocalo, na Cidade do México, México, a 3 de junho de 2024.

A ex-presidente da Cidade do México, de 61 anos, agradeceu ao seu principal rival da oposição, Xochitl Galvez, que reconheceu a derrota.

Sheinbaum, cientista de formação, obteve de 58 a 60 por cento dos votos, de acordo com resultados oficiais preliminares do Instituto Nacional Eleitoral, que estimou a participação em 60 por cento dos eleitores.

A segunda candidata, da direita, ficou à volta de 30 por cento, enquanto o candidato centrista Jorge Alvarez Maynez não foi além 10 porcento.

Maria de los Angeles Gordillo, membro de 37 anos da comunidade indígena Tojolabal, disse que foi às lágrimas ao ouvir Sheinbaum falar.

“Estou aqui para celebrar este momento histórico para o nosso país e especialmente para as mulheres que carregam na pele estas desigualdades”, afirmou.

Pessoas seguram uma faixa onde se lê “Presidente Claudia Sheinbaum” depois de o partido Morena, no poder no México, ter declarado Claudia Sheinbaum vencedora das eleições presidenciais, na Praça Zocalo, no centro da Cidade do México, México, a 2 de junho de 2024.

Os eleitores aglomeraram-se nas assembleias de voto em todo o país latino-americano, apesar da violência esporádica em áreas aterrorizadas por cartéis de droga ultraviolentos.

Milhares de soldados foram mobilizados para proteger os eleitores, após uma época eleitoral particularmente sangrenta que viu mais de duas dúzias de aspirantes a políticos locais serem assassinados.

Durante a campanha, mais de 30 candidatos locais foram mortos.