O Presidente de São Tomé e Príncipe, Evaristo Carvalho, está em Portugal há cerca de 20 dias e deve ser submetido nas próximas horas a uma intervenção cirúrgica.
A informação de que a saúde do Presidente inspira “cuidados inadiáveis” e que deverá ser submetido a uma cirurgia foi avançada pela Presidência da República, no fim de semana, 15 dias depois de Evarsto Carvalho ter deixado o país para uma visita privada a Portugal.
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Sem mais detalhes, a nota tem suscitado as mais diversas reacções e questiona-se mesmo a real gravidade da doença.
Analistas falam num tabu que deve ser decifrado.
Óscar Baía considera que a notícia chegou tardiamente aos são-tomenses.
“Na devida hora o Gabinete de Imprensa do Presidente da República deveria informar ao país que a sua visita privada era por razões de saúde”, aponta o analista Óscar Baía, sublinhado que a saúde do Chefe de Estado é de “interesse nacional”.
A nota acrescenta ainda que depois da intervenção cirúrgica, não especificada no comunicado, Evaristo Carvalho, deverá continuar em tratamento médico durante mais cerca de quatro semanas.
Outro analista, Liberato Moniz, defende que a viagem do Presidente por motivos saúde “não pode ser tabu” de forma a evitar “ondas de especulação”.
Ele lembra que a viagem e o tratamento, a que Carvalho tem direito, “é pago com dinheiro público” e por isso os são-tomenses devem ser informados.
O comunicado da Presidência cita um “relatório clínico” português para dizer que “não há motivos pra preocupação, pois não se trata de uma situação de saúde grave”, sem avançar a doença.