Um morto, sete feridos, casas inundadas e ruas intransitáveis é o resultado das últimas chuvas no Lobito, ocorridas na segunda-feira, 10 meses após as enxurradas que vitimaram quase 100 pessoas, deixando sem abrigo um total de 200 famílias.
O Governo delineou planos para limpar as valas de drenagem, tendo em conta o problema do lixo, e transferir os cidadãos em zonas de risco, mas o momento de contenção pode atrapalhar as metas.
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As marcas da tragédia de Março são ainda bem visíveis, a julgar sobretudo pela morosidade no processo de construção de casas para as mais de trezentas famílias instaladas nos Cabrais, e já a Administração Municipal é confrontada com chuvas.
Não se sabe o que será do Lobito se forem registadas chuvas à escala daquelas que descortinaram uma série de problemas.
Preocupadas estão as centenas de famílias que ainda se encontram em zonas de risco, na chamada parte alta da cidade.
O efeito das últimas chuvas, com realce para a morte e o ferimento de crianças, constitui um sério aviso a cidadãos que deverão ser transferidos quando estiver em marcha o plano de requalificação do Lobito.
E como um mal nunca vem só, há quem preveja um cenário bem mais caótico
“A zona alta apresenta uma imagem muito triste, há lixo e a água da chuva”, disse um morador, enquanto outro alerta que “isto pode provocar um surto de cólera, o que nos vai levar a gastar em balões de soro”.
Depois das chuvas de 11 de Março, #ninguém fez nada no tempo seco, as autoridades devem saber onde cortar, nunca no lixo’, afirma outro dos muitos moradores indignados com o Governo.
O plano de macro drenagem do Lobito, apresentado à sociedade após as enxurradas de Março, vai custar mais de 150 milhões de dólares norte-americanos.
Por ora, a Administração Municipal diz estar comprometida com acções paliativas tendentes a evitar males maiores.