Na cidade angolana do Sumbe, a chuva causou quarta-feira, 12, entraves ao funcionamento de diversas escolas. Apesar das obras de reabilitação na cidade, a realidade mostra as debilidades devido à inoperância das sarjetas de escoamento.
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Várias avenidas que anteriormente tinham problemas de inundações continuam sem alteração apesar dessas obras.
Em consequência das chuvas registadas, as escolas situadas na periferia da cidade fecharam as portas e os alunos foram dispensados devido à ameaça de muita lama.
Os sobas João Manuel Periquito, do sector 8, e Filipe Daniel, do Américo Boavida, antevêem dias piores se não houver uma intervenção nas valas de drenagem.
Periquito culpabiliza a empreiteira Odebrecht por não estar a cumprir com os padrões antigos da cidade sobre o escoamento das águas pois, segundo disse, a manutenção das sarjetas deve ser uma constante, uma vez que a população adoptou uma cultura pouco digna no tratamento do lixo facto que está na origem das inundações que se registam na cidade que, paradoxalmente, está a ser requalificada.
Por sua vez, o soba Filipe Daniel alerta aos habitantes de Américo Boavida para não continuarem a construir em zonas consideradas de risco por forma a evitar perdas de vidas humanas.
Daniel disse contudo não se terem registado quaisquer incidentes apesar das limitações no acesso a alguns lugares devido à lama.
"No primeiro semestre do corrente ano, a Odebrecht, através do seu representante, garantiu que a requalificação das cidades do Sumbe, Porto-Amboim e Gabela estava ser feita com a mais moderna tecnologia moderna, que as sarjetas estavam a ser respeitadas e que as chuvas não seriam um problema", lembra Daniel.
Para piorar a situação, algumas instituições de relevo foram edificadas em zonas inacessíveis na época chuvosa como foram os casos da Universidade Katyavala Bwila afecta ao ISCED, a Casa da Juventude, entre outras.
Recorde-se que no passado as chuvas que caíram na cidade do Sumbe causaram um certo grau de absentismo em diversas empresas já que muitos trabalhadores não conseguiram chegar aos seus locais de trabalho.