A chuva que cai com alguma regularidade na província do Cunene está a renovar a esperança de sobrevivência da população e do gado que há vários anos sofrem das consequências de uma seca severa na região.
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Nos últimos dias a província recebeu a primeira chuva de grande intensidade que deixou inundados ruas e estabelecimentos comerciais na capital, Ondjiva.
O bispo do Cunene, Dom Gaudêncio Félix Yakulengue considerou ser “uma luz de esperança”, pediu sementes para a população da província e anunciou que as organizações comunitárias afectas à igreja já estão no terreno a fazer o levantamento das necessidades.
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Não muito distante do Cunene, o padre Jacinto Pio Wacussanga, líder da ONG Construindo Comunidades (ACC) diz que a chuva que também já cai na região dos Gambos, província da Huíla e isso vai permitir pedir aos doadores para a criação de reservas de água destinada ao consumo e a produção familiar.
O prelado católico afirma, por outro lado, contar com organizações e parceiros nas regiões do leste da Huíla no sentido de ceder às populações das zonas que sofrem de secas cíclicas espaços para a prática agrícola.
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Dados do Governo sugerem que a seca originou crise de água e pasto, afectando 857.443 pessoas, de um total de 171.488 famílias, e um milhão de bovinos.
Desde Outubro de 2018, registou-se a morte de 30 mil animais, entre bovinos, caprinos e suínos.
As autoridades contam com 20 camiões cisternas e 400 reservatórios espalhados pelo território da província, para a distribuição de água às populações.
A intensa seca provocou a morte de dezenas de milhares de cabeças de gado e o abandono de milhares de pessoas das suas zonas de residência, devido à carência de água.