A Liga Árabe alertou que Israel está a "brincar com fogo" na "linha vermelha" de Jerusalém e que os seus ministros das Relações Exteriores realizarão uma reunião de emergência na próxima quarta-feira sobre a violência israelo-palestiniana, de acordo com comunicados divulgados neste domingo, 23 de Julho.
Israel enviou tropas adicionais à Cisjordânia no sábado, após surtos de violência devido à instalação de detectores de metal, realizada por Israel, nos pontos de entrada do Nobre Santuário do complexo do Monte do Templo na antiga cidade murada de Jerusalém.
A onda de violência renasceu na sexta-feira, 21 de Julho, depois de três palestinianos terem sido assassinados, provocando a reacção de um outro palestiniano, que esfaqueou três israelitas até à morte.
Em Jerusalém, no sábado, a polícia israelita usou equipamento para conter tumultos para dispersar dezenas de palestinianos que atiravam pedras e garrafas contra eles.
"Jerusalém é uma linha vermelha que árabes e muçulmanos não têm permissão de atravessar... E o que está acontecer hoje é uma tentativa de impor uma nova realidade na Cidade Santa", disse o sscretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, em comunicado.
"O governo israelita está a brincar com fogo e a arriscar uma grande crise com o mundo árabe e islâmico", acrescentou Aboul Gheit.
Os ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe vão realizar reuniões de emergência no Cairo na próxima quarta-feira, 26 de Julho, disse o grupo em comunicado.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas planeia reunir-se na segunda-feira, 24 de Julho, para discutir a mais recente onda de violência entre palestinos e israelitas. Suécia, Egipto e França solicitaram a reunião para discutir com urgência a redução das tensões em Jerusalém.
Comandantes do Exército israelita alertaram que a violência pode aumentar.
Reuters