Edeltrudes Costa, chefe de gabinete do Presidente angolano João Lourenço, recebeu em Julho de 2013, 17,6 milhões de dólares, cuja origem se desconhece, disse o jornal português Expresso.
Na altura, Edeltrudes Costa era ministro no Governo do então Presidente José Eduardo dos Santos.
O dinheiro foi depositado numa das suas contas no Banco Angolano de Investimentos e 17 milhões foram aplicados em “títulos garantidos” daquele banco, disse o jornal citando documentos a que teve acesso
Um mês depois, outros cinco milhões de dólares foram depositados na mesma conta provenientes do empresário Domingos Manuel Inglês e durante esse mês Costa levantou 1,25 milhões de dólares em numerário.
O Expresso disse que Edeltrudes Costa não esclareceu porque é que Domingos Inglês, figura próxima do General “Kopelipa”, transferiu esses cinco milhões de dólares
O Expresso revela que a fortuna de Edeltrudes Costa é superior a 20 milhões de euros e foi usada para comprar algumas propriedades em Portugal e no Panamá.
Em Abril de 2017, já depois de ter sido afastado por José Eduardo dos Santos, Edeltrudes Costa transferiu pouco mais de dois milhões de euros para uma conta da sua ex-mulher, Ariete Faria, quem depois comprou uma casa em Cascais, nos arredores de Lisboa, por 2,52 milhões de Euros.
Ariete Faria é tambem propietária de uma outra casa em Sintra, em Portugal.
Edeltrudes Costa comprou também um apartamento no Panamá em 2011 por 300 mil dólares.
O pagamento foi feito através de uma conta na sucursal do banco BES na Madeira em nome da Vadin Enterprises Limited, sediada nas Ilhas Virgens Britânicas.
Essa mesma companhia comprou uma embarcação a uma companhia portuguesa no valor de quase 108 mil euros
Numa declaração ao Expresso, Edeltrudes Costa, embora sem entrarr em detalhes, revelou que todos os recursos que recebeu “ tanto no exercício de funções públicas como no exercício da minha actividade profissional ou em resultado de investimentos pontualmente realizados, foram atempatadamente declarados e sujeitos a escrutínio pelas autoridades angolanas competentes sendo as minhas fontes de rendimento perfeitamente claras e legais”.