CFB: Estrangeiros "correm" para apanhar o comboio

Caminhos-de-Ferro de Benguela, Angola

Investidores americanos, alemães e chineses na corrida à gestão dos Caminhos-de-Ferro de Benguela mas há problemas por resolver

Três empresas estrangeiras, incluindo uma americana, participam no concursos para a exloração e gestão do Caminho-de-ferro de Benguela (CFB), em Angola, no qual o Estado investiu dois mil milhões de dólares num projecto de reabilitação dos 1.334 quilómetros até ao Luau, província do Moxico, soube a VOA.

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Companhias de três países concorrem ao Caminho de Ferro de Benguela – 2:17

Ao concurso público internacional para a exploração da via que movimenta o minério da República Democrática do Congo e da Zâmbia, já autorizado pelo Presidente angolano, João Lourenço, acorrem também uma empresa alemã e uma da China, o país que reabilitou a maior ferrovia angolana.

Ao revelar essas propostas, uma fonte do CFB fez saber que o vencedor do concurso terá de investir forte na guarnição das estações, e meios rolantes.

A empresa norte-americana, conforme a área comercial da Embaixada, prefere o anonimato até esclarecimentos adicionais ao concurso público anunciado em Diário da República.

A transportação do minério até ao Porto do Lobito, de onde segue para a Europa e a China, é a imagem de marca, mas há, segundo especialistas, uma série de contra-sensos, a começar pela falta de terminais de carga.

O engenheiro Isaac Sassoma, que integrou uma missão da Universidade Católica que procedeu ao levantamento dos desafios do CFB, junta problemas ambientais.

"m muitos lugares há muitas ravinas, o exemplo é o troço Bié/Moxico,(onde) o tipo de solo não facilita”, disse acrescentando que por isso terá de ser usada “uma grande tecnologia’’.

Para Sassoma, ‘’outro desafio tem que ver com as condições precárias das populações ao longo da via”.

“Terá de haver cooperação”, acrescentou Sassoma, sublinhando ainda “a inexistência de terminais nos contentores, que leva à deterioração de produtos’’.

O presidente do Conselho de Administração da CFB, Luís Teixeira, recusou-se a comentar.