Centro Carter, União Europeia e mais sete organizações vão observar eleições em Angola

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Nove organizações internacionais e duas mil nacionais vão acompanhar as eleições de 24 de Agosto

O Centro Carter, dos Estados Unidos, e a União Europeia vão ser convidados a enviar observadores às eleições gerais de 24 e Agosto em Angola

O anúncio foi feito pelo porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Lucas Quilundo, no final da 9.ª sessão plenária extraordinária do órgão, nesta sexta-feira, 24, em Luanda, indicando que os convites começarão a ser formalizados hoje, dois meses antes do dia da votação.

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Além do Centro Carter (Carter Center, em inglês), organização do antigo Presidente Jimmy Carter, e da União Europeia, vão ser convidados a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), o Fórum das Comissões Eleitorais dos Países da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) e a Conferência das Jurisdições Africanas.

Lucas Quilundo lembrou que "a observação eleitoral, enquanto actividade, tem início 30 dias antes da data marcada das eleições, e por isso a observação deve ter início em 24 de Julho”.

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O porta-voz garantiu que "estão criadas todas condições, na visão da CNE, para que tenhamos um processo eleitoral de acordo com aquilo que a lei estabelece".

O regulamento da observação eleitoral angolana prevê que cada órgão ou instituição possa beneficiar de até três observadores por cada um dos 18 círculos eleitorais.

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A nível interno, a CNE anunciou no passado dia 6 que serão admitidos dois mil observadores nacionais às eleições e lembrou, na ocasião, que terão até 30 dias antes das eleições para seguirem os passos necessários neste processo.

Na nota divulgada na altura, a CNE disse que por observador nacional entende-se "organizações, os indivíduos ou entidades nacionais, legalmente reconhecidas para observarem o processo eleitoral".

Na entrevista colectiva concedida a 12 meios de comunicação social no passado dia 9, o Presidente João Lourenço afirmou que observadores internacionais iriam ser convidados, mas dentro do prazo legal.

A 6 de Junho, o presidente da UNITA, principal partido da oposição , disse esperar que os observadores que eventualmente venham a ser convidados pelo Governo não fiquem apenas nos "primos africanos" e defendeu uma observação eleitoral democrática.

"Pretender trazer a Angola apenas primos africanos de proximidade política ou ideológica não parece ser um elemento de credibilidade", disse Adalberto Costa Júnior aos jornalistas no final do encontro que manteve com a directora para África da União Europeia, Rita Laranjinho, na sede do seu partido, no Distrito Urbano da Maianga, em Luanda.

Nesta semana, o líder da UNITA encabeçou uma delegação, integrada também pelo candidato a vice-Presidente, Abel Chivukuvuku, que manteve contactos com organizações nos Estados Unidos visando a presença de observadores americanos nas eleições de Agosto.

Adalberto Costa Júnior realizou uma missão semelhante na União Europeia.

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