CEDEAO mantém sanções ao Níger mas Guiné-Bissau fica fora das grandes recomendações

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Bandeiras da CEDEAO

A Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) manteve neste domingo, 10, as sanções impostas ao Níger após o golpe militar de julho e exigiu progressos no sentido de uma transição para um regime civil antes de aliviar as medidas impostas.

Chefes de Estado da organização estiveram reunidos numa cimeira em Abuja, nese domingo, 10, no momento em que região tem quatro países dirigidos por militares após golpes de Estado.

O presidente da comissão da CEDEAO, Omar Touray, disse que uma comissão integrado por representantes do Benin, Togo e Serra Leoa vai trabalhar com as autoridades do Níger no sentido de uma transição curta e outras condições para o levantamento das sanções.

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"Com base nos resultados do envolvimento do comité de chefes de Estado com o CNSP (Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria), a autoridade aliviará progressivamente as sanções impostas ao Níger", disse Touray no encerramento da cimeira, mas alertou que "se o CNSP não cumprir os resultados do envolvimento com o comité, a CEDEAO manterá todas as sanções".

Touray acrescentou que a CEDEAO reconheceu a situação “terrível humanitária” no Níger, mas acusou os governantes de Niamey de interferir no fluxo de ajuda que foi permitido entrar no país.

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Ele não disse o que seria considerado uma transição curta e aceitável para o retorno do Níger ao regime civil.

O Presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, atual presidente da CEDEAO e a secretária de Estado Adjunta dos EUA para os Assuntos Africanos, Molly Phee, também estiveram na cimeira que discutiu as transições para o regime civil e a realização de eleições no Mali, no Burkina Faso e na Guiné-Conacri.

Entretanto, em Bissau, um grupo de jovens, na sua maioria ligados ao PAIGC, partido que lidera a coligação PAI-Terra Ranka que dirige o Governo atual, embora em vias de ser substituído por um Executivo de iniciativa presidencial depois da dissolução do Parlamento pelo Chefe de Estado, manifestou-se neste domingo junto do escritório da CEDEAO a pedir que a organização anule o decreto de Umaro Sissoco Embaló.

Mas na cimeira da CEDEAO a situação da Guiné-Bissau não terá merecido qualquer recomendação.

C/AFP