CEDEAO ameaça impor sanções aos líderes da Guiné-Bissau

Guineenses aguardam por fim da crise

Políticos têm um prazo de 30 dias para implementar o Acordo de Conacri

A Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) admitiu aplicar sanções internacionais aos políticos da Guiné-Bissau que colocarem entraves à "implementação harmoniosa" do Acordo de Conacri.

A decisão foi revelada nesta terça-feira, 25, em Bissau por Nabi Bangoura, ministro de Estado e secretário-geral da presidência da Guiné-Conacri, em comunicado lido no final da missão da CEDEAO iniciada ontem.

O documento diz que a missão vai recomendar aos chefes de Estado e de Governo que a organização sub-regional aplique "sanções adequadas" a todos os que colocarem entraves à "implementação harmoniosa" do referido acordo.

Bangoura adiantou ainda que a organização deu um prazo de 30 dias, a partir de agora, para os dirigentes aplicarem o Acordo de Conacri, assinado por todas as partes em Outubro do ano passado.

A constituição de um Governo de unidade nacional é o principa ponto de divergências entre os actores políticos.

Quatro dos cinco partidos com assento parlamentar refutam o Governo de Umaro Sissoco Embaló, nomeado pelo Presidente José Mário Vaz.

A missão também pediu às autoridades que cessem todo o tipo de agressões contra os cidadãos que se manifestarem de forma pacífica, que suspesdam as declarações incendiárias e não incitem à clivagem identitária entre os cidadãos.

A missão foi liderada pela ministra dos Negócios Estrangeiros da Libéria Marjon Kamará.