CEAST diz que imprensa pública angolana não teve actuação igualitária nas eleições

Dom Filomeno de Nascimento Vieira Dias

Filomeno Vieira Dias afirma que jornalista não é activista

O presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) afirmou que a imprensa angolana, sobretudo a estatal, "não teve uma actuação igualitária" durante a campanha eleitoral.

"É unânime, mesmo por parte dos observadores internacionais que chegaram apenas dois dias antes das eleições, que não houve um tratamento igualitário nesta campanha, não houve igualdade de oportunidade. Houve por parte de alguns órgãos, sobretudo os estatais, o privilegiar de uma candidatura que vocês conhecem", adiantou Filomeno Vieira Dias, em declarações aos jornalistas na apresentação da Nota Pastoral sobre as eleições, nesta quarta-feira, 30, em Luanda.

O arcebispo de Luanda lembrou que “o jornalista não é um activista” e defendeu que deve haver um "esforço real de serem aqueles que procuram ser veículos de transmissão da verdade".

Vieira Dias, no entanto, destacou e felicitou os órgãos de comunicação social que foram “a todos os níveis animadores desse processo" e que, segundo ele, “deram qualidade ao acto e ao processo eleitoral, ajudaram as pessoas a reflectir sobre determinadas situações em muitos casos alertando determinadas situações pontuais e a isso devemos nos congratular".