A Sociedade Mineira de Catoca, de Angola, disse que testes confirmaram que uma fuga de resíduos da sua mina, que a República Democrática do Congo (RDC) culpou na morte de 12 pessoas, não continha produtos tóxicos, mas sim apenas uma mistura de terra, pedras e argila.
A RDC tinha anteriormente afirmado que a fuga de resíduos provocado, para além das mortes, doença em milhares de pessoas e causado a morte de peixe e outros animais.
Na altura, o Governo indicou ser sua intenção pedir uma indemnização à companhia angolana.
Veja Também Rota de colisão entre Sociedade Mineira de Catoca e República Democrática do CongoFotografias de satélites mostram que o rio afectado se tornou vermelho após a fuga dos resíduos e fontes congolesas disseram na altura ter-se registado “uma catástrofe ambiental sem precedentes”.
A agência de notícias Reuters disse que uma declaração da Catoca afirma que a fuga dos resíduos continha apenas pedras e argila que alteraram os níveis de oxigénio num afluente do rio Congo.
“Amostras retiradas de uma vasta área por laboratórios independentes confirmam que em nenhum ponto se registou a presença de metais pesados nas águas vindas da bacia de rejeitos”, diz a declaração.
“Em Setembro os níveis de oxigénio estavam a regressar à normalidade”, acrescenta a nota.
O Ministério do Ambiente da RDC não respondeu a um pedido de comentário feito pela Reuters.
Testes feitos por investigadores da Universidade de Kinshasa estão ainda por publicar.
A Catoca disse que vai contratar auditorias independentes do ambiente e estruturas “para reconfirmar que não houve estragos ambientais, minimizar o risco de futuros problemas e para trabalhar para se alcançar padrões internacionais”.
A Sociedade Mineira de Catoca opera a quarta maior mina de diamantes de céu aberto e é uma joint venture da companhia estatal angolana Endiama e da companhia russa Alrosa.