A Casa-CE considera que o Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2016 é mais um indicador de que o discurso da diversificação da economia não passa de uma invenção.
A coligação liderada por Abel Chivukuvuku diz que a agricultura, um dos sectores alternativos ao petróleo, recebe 1 por cento do OGE, uma cifra muito aquém do estabelecido para a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
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Ainda assim, refere que o país tem fundos para investir na produção interna, incluindo o Soberano, gerido, conforme realça, sob atropelos à Lei da Probidade Pública.
No rescaldo de uma visita à província de Benguela, o secretário-geral Leonel Gomes afirmou que o OGE para 2016, à semelhança do anterior, é irrealista, uma vez desajustado ao contexto internacional.
A vaticinar uma revisão já em Março, o deputado prefere não acreditar que um sector vital como o da agricultura receba apenas 1 por cento do bolo, abaixo dos 15 praticados na SADC.
Contudo, Leonel Gomes avança que este impasse não deve servir de pretexto, dada a existência de fundos para a resposta que se impõe à excessiva taxa de importações.
"Temos o Fundo Soberano, que é gerido pelo filho do Presidente da República, violando a Lei da Probidade Pública", justifica o político, que lamenta o facto de a lei estar a ser violada pelo número um do país.
Na sua óptica, a solução está à vista de todos, pelo menos daqueles que procuram conhecer o país real
Gomes pergunta se "não seria melhor apostar em empresários da agro-pecuária.
Ele revela existir milhares de hectares de terra cercados, até com populações no interior, que são ocupadas por figuras do MPLA.