A Casa Branca defendeu, neste domingo, 3, o colapso da cimeira do presidente Donald Trump, na semana passada, em Hanói, com o líder norte-coreano Kim Jong Un, dizendo que os interesses americanos foram protegidos ao não aceitar um acordo parcial com Pyongyang.
O Conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, disse à CBS News que “a questão era se a Coreia do Norte estava preparada para aceitar o que o presidente chamava de 'grande acordo', que é a completa desnuclearização, sob definição que o presidente entregou à Kim Jong Un , e ter o potencial para um grande futuro económico ou tentar fazer algo inferior a isso, o que era inaceitável para nós”.
"Então o presidente manteve firme a sua posição", disse Bolton. "Ele aprofundou o seu relacionamento com Kim Jong Un. Não vejo isso como um fracasso, uma vez que os interesses americanos estão protegidos”.
Na ronda de entrevistas, Bolton disse à CNN que "mostramos novamente, à Coreia do Norte, o potencial, se estão dispostos a desnuclearizar".
Mas ele acrescentou: "Se não consegue um bom acordo, não tê-lo é melhor que um mau acordo".
Bolton disse à CBS que a Coreia do Norte estava disposta a fazer "uma concessão muito limitada" para desmantelar o seu complexo de armas nucleares de Yongbyon, que ele descreveu como "um reactor nuclear envelhecido e uma percentagem das suas capacidades de enriquecimento de urânio".
Negociações no limbo
Bolton disse que "em troca, eles queriam alívio substancial das sanções. Ora, uma coisa que o presidente Trump disse na campanha de 2016 é que ele não cometerá erros de governos anteriores e entrar em arranjos que beneficiam os norte-coreanos ".
O conselheiro Bolton disse que as futuras negociações dos EUA com a Coreia do Norte estão no limbo.
"Eu acho que o próprio presidente disse que espera que eles reavaliem o que aconteceu; certamente que nós iremos", disse.
E "nós vamos olhar para a continuidade das sanções económicas contra a Coreia do Norte, que os trouxeram para a mesa. Vamos ver o que acontece a seguir."
Bolton explicou que não há uma data de validade para outras conversações e que "o presidente está totalmente preparado para continuar a negociar nos níveis mais baixos ou para falar com Kim Jong Un novamente quando for apropriado."