Governo faz campanha de prevenção de acidentes de trânsito e doenças sexualmente transmissíveis como a sida.
O Carnaval 2014 é considerado um dos maiores da história do Brasil. Levantamentos do Ministério brasileiro do Turismo apontam que a festa deve injectar este ano cerca de 6 bilhões reais (cerca de 3 bilhões de dólares) na economia do país. Só no Rio de Janeiro, o turismo relacionado com a folia deve gerar quase 900 milhões.
Ao todo, a festa no Brasil envolve, neste 2014, quase sete milhões de turistas. De acordo com o governo brasileiro, o movimento é recordista e se deve ao ganho de visibilidade do país com os grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016.
A folia toma conta do Brasil inteiro, sendo que em alguns locais os registos do evento ganham o mundo. Exemplo disso é o tradicional Carnaval do Rio de Janeiro, que conta com os desfiles grandiosos das escolas de samba.
Ontem, domingo (2), primeiro dia de desfiles das agremiações do grupo especial do Rio de Janeiro, as escolas Salgueiro, Mangueira e Beija-Flor levantaram o público das arquibancadas. Também desfilaram: Império da Tijuca, Grande Rio e São Clemente.
As escolas retrataram a história do Brasil, mas o grande destaque foi para a cultura africana, lembrada nas performances da Mangueira e do Salgueiro. Mostrar os ritmos e as crenças vindos da África foi a proposta, ainda, da Império da Tijuca.
O tema afrodescendente também marca o Carnaval em outro estado brasileiro, a Bahia. Só que, neste caso, o tema dos descendentes africanos ganha tom de polêmica.
A prefeitura de Salvador, capital do estado brasileiro com maior número de afrodescentes, criou o Afródromo, um local específico para o desfile de blocos de matriz africana.
A ideia veio da prefeitura depois de constantes reclamações desses grupos de falta de espaço e visibilidade na festa que tem as suas origens nos ritmos africanos, mas que foi transformada em um evento voltado para as grandes celebridades do país.
O prefeito de Salvador ACM Neto (do partido Democratas) rebateu as críticas de que a definição de um espaço separado para os desfiles dos grupos afrodescendentes seja um tipo de apartheid. De acordo com o prefeito, o Afródromo foi criado para resgatar a visibilidade dos bloco afro que agora têm local e horário específicos para se apresentarem.
Violência
Ainda não foi divulgado o balanço de ocorrências neste Carnaval, mas, ao que tudo indica, a festa popular segue no Brasil sem grandes episódios na área da segurança.
Em Salvador, onde a segurança sempre preocupa, as autoridades locais garantem que os casos de violência caíram 40% este ano. Apesar disso, um assassinato foi registrado em um dos circuitos do Carnaval baiano.
A violência no trânsito é outra grande preocupação no Carnaval brasileiro. Até a próxima quarta-feira, quando termina oficialmente a festa, uma campanha do governo na TV tenta impactar motoristas com cenas muito fortes de acidentes de trânsito.
Nas rodovias, equipas da Polícia Rodoviária Federal tentam diminuir o número de acidentes, grande parte com mortes, fazendo fiscalizações da Lei Seca, para coibir quem insiste em dirigir sob efeito do álcool. Todo o motorista parado é obrigado a fazer teste de embriaguês, como explica o director da Divisão de Planejamento Operacional da Polícia Federal, Estênio Pires. “Todas as nossas viaturas estão equipadas com etilômetros. Todo policial tem a orientação e determinação para fazer o teste em qualquer veículo fiscalizado”.
Sexo seguro
Outra preocupação neste período é com o sexo inseguro na festa de forte apelo sexual.
O governo brasileiro distribui neste Carnaval 104 milhões de preservativos.
O Ministro da Saúde Arthur Chioro fez um alerta aos jovens lembrando que, actualmente, 340 mil pessoas estão em tratamento de doenças sexualmente transmissíveis no Brasil, incluindo a sida. Além disso, o ministro adverte que 150 mil brasileiros têm sida e ainda não o sabem.
“Não é apenas uma dimensão da proteção individual. É entender que é fundamental uma atitude que proteja a sua comunidade, os seus amigos, os seus parceiros, a sua coletividade. Por isso, a campanha tem uma linguagem diretamente dirigida à juventude”, concluiu o ministro.
Ao todo, a festa no Brasil envolve, neste 2014, quase sete milhões de turistas. De acordo com o governo brasileiro, o movimento é recordista e se deve ao ganho de visibilidade do país com os grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016.
A folia toma conta do Brasil inteiro, sendo que em alguns locais os registos do evento ganham o mundo. Exemplo disso é o tradicional Carnaval do Rio de Janeiro, que conta com os desfiles grandiosos das escolas de samba.
Ontem, domingo (2), primeiro dia de desfiles das agremiações do grupo especial do Rio de Janeiro, as escolas Salgueiro, Mangueira e Beija-Flor levantaram o público das arquibancadas. Também desfilaram: Império da Tijuca, Grande Rio e São Clemente.
As escolas retrataram a história do Brasil, mas o grande destaque foi para a cultura africana, lembrada nas performances da Mangueira e do Salgueiro. Mostrar os ritmos e as crenças vindos da África foi a proposta, ainda, da Império da Tijuca.
O tema afrodescendente também marca o Carnaval em outro estado brasileiro, a Bahia. Só que, neste caso, o tema dos descendentes africanos ganha tom de polêmica.
A prefeitura de Salvador, capital do estado brasileiro com maior número de afrodescentes, criou o Afródromo, um local específico para o desfile de blocos de matriz africana.
A ideia veio da prefeitura depois de constantes reclamações desses grupos de falta de espaço e visibilidade na festa que tem as suas origens nos ritmos africanos, mas que foi transformada em um evento voltado para as grandes celebridades do país.
O prefeito de Salvador ACM Neto (do partido Democratas) rebateu as críticas de que a definição de um espaço separado para os desfiles dos grupos afrodescendentes seja um tipo de apartheid. De acordo com o prefeito, o Afródromo foi criado para resgatar a visibilidade dos bloco afro que agora têm local e horário específicos para se apresentarem.
Violência
Ainda não foi divulgado o balanço de ocorrências neste Carnaval, mas, ao que tudo indica, a festa popular segue no Brasil sem grandes episódios na área da segurança.
Em Salvador, onde a segurança sempre preocupa, as autoridades locais garantem que os casos de violência caíram 40% este ano. Apesar disso, um assassinato foi registrado em um dos circuitos do Carnaval baiano.
A violência no trânsito é outra grande preocupação no Carnaval brasileiro. Até a próxima quarta-feira, quando termina oficialmente a festa, uma campanha do governo na TV tenta impactar motoristas com cenas muito fortes de acidentes de trânsito.
Nas rodovias, equipas da Polícia Rodoviária Federal tentam diminuir o número de acidentes, grande parte com mortes, fazendo fiscalizações da Lei Seca, para coibir quem insiste em dirigir sob efeito do álcool. Todo o motorista parado é obrigado a fazer teste de embriaguês, como explica o director da Divisão de Planejamento Operacional da Polícia Federal, Estênio Pires. “Todas as nossas viaturas estão equipadas com etilômetros. Todo policial tem a orientação e determinação para fazer o teste em qualquer veículo fiscalizado”.
Sexo seguro
Outra preocupação neste período é com o sexo inseguro na festa de forte apelo sexual.
O governo brasileiro distribui neste Carnaval 104 milhões de preservativos.
O Ministro da Saúde Arthur Chioro fez um alerta aos jovens lembrando que, actualmente, 340 mil pessoas estão em tratamento de doenças sexualmente transmissíveis no Brasil, incluindo a sida. Além disso, o ministro adverte que 150 mil brasileiros têm sida e ainda não o sabem.
“Não é apenas uma dimensão da proteção individual. É entender que é fundamental uma atitude que proteja a sua comunidade, os seus amigos, os seus parceiros, a sua coletividade. Por isso, a campanha tem uma linguagem diretamente dirigida à juventude”, concluiu o ministro.