República Centro Africana está novamente à beira de uma crise militar no braço de ferro entre o presidente François Bozizé e a coligação rebelde Seleka que já controla o norte do país
Os países da África Central estão a fazer esforços no sentido de abertura de conversações entre o governo da República Centro Africana e a coligação rebelde que controla 10 cidades no norte do país, 3 semanas depois do início da ofensiva.
Os rebeldes ameaçam entrar em Bangui e derrubar o governo se o presidente não negociar.
O grupo rebelde denominado de Seleka, iniciou a sua ofensiva relâmpago no norte do país a 10 de Dezembro e encontra-se actualmente a 300 quilómetros da capital Bangui. Entre a actual posição rebelde e a capital, estão algumas centenas de tropas do exército chadiano, uma força de paz regional, denominada de FOMAC, da Comunidade Económica dos Estados da África Central, que por sua vez já anunciou ontem o envio de reforços.
Os Estados Unidos encerraram temporariamente a sua embaixada em Bangui e evacuaram o embaixador e o seu pessoal por precaução de segurança.
Analistas afirmam que as forças governamentais foram ultrapassadas pelo acontecimento e não estão em condições para lutar.
Diplomatas regionais reuniram-se hoje em Bangui tentando lançar vias para conversações que serão em última instância realizadas em Libreville no Gabão numa data a indicar. Os rebeldes afirmam que suspenderam o avanço a espera de negociações, contudo tinham quebrado uma promessa idêntica na semana passada.
O presidente François Bozizé, disse que irá negociar mas apenas se os rebeldes se retirarem das zonas que actualmente controlam. Os rebeldes respondem por sua vez que não se retiram sem negociações.
O presidente Bozizé falava publicamente ontem e pela primeira vez desde o início da rebelião, e disse que pediu a França e os Estados Unidos para ajudar a lutar contra os rebeldes, para permitir as conversações que terão lugar em Libreville. Bozizé acusou ainda os rebeldes de estar em complô com a oposição política contra o seu governo.
Analistas afirmam que os rebeldes parecem estar bem armados e questionam sobre quem estaria a financia-los. A França que dispõe de cerca de duzentas tropas em Bangui anunciou que não irá intervir e que as suas forças estão ali para defender os interesses franceses.
Lydie Boka da empresa Strategico em Paris diz que a França e o Chade aliados de longa data da República Centro Africana parecem recuar-se em relação ao perigo que ameaça o presidente François Bozizé e o seu governo.
Boka adianta que as negociações ainda são possíveis, e o que o melhor dos cenários para o presidente passaria pela formação de governo alargado, ou então que o pior seria uma resignação.
As unidades de combatentes da Seleka são originárias do norte do país. Muitos dos combatentes estavam envolvidos no conflito de quatro anos que terminou em 2007 com os acordos de paz. Diz-se que as disputas têm vindo a registar-se no norte desde 2009.
A coligação da rebelião – Seleka – exige que o governo implemente por completo os acordos de paz de 2007 e 2011 que incluem o pagamento dos combatentes rebeldes para se desarmarem e a respectiva integração dos mesmos nas forças armadas.
O conselho de Segurança das Nações Unidas condenou os ataques dos rebeldes no norte.
O presidente François Bozizé é um antigo chefe das forças armadas que assumiu o poder em 2003 através de um golpe de Estado.
Os rebeldes ameaçam entrar em Bangui e derrubar o governo se o presidente não negociar.
O grupo rebelde denominado de Seleka, iniciou a sua ofensiva relâmpago no norte do país a 10 de Dezembro e encontra-se actualmente a 300 quilómetros da capital Bangui. Entre a actual posição rebelde e a capital, estão algumas centenas de tropas do exército chadiano, uma força de paz regional, denominada de FOMAC, da Comunidade Económica dos Estados da África Central, que por sua vez já anunciou ontem o envio de reforços.
Os Estados Unidos encerraram temporariamente a sua embaixada em Bangui e evacuaram o embaixador e o seu pessoal por precaução de segurança.
Analistas afirmam que as forças governamentais foram ultrapassadas pelo acontecimento e não estão em condições para lutar.
Diplomatas regionais reuniram-se hoje em Bangui tentando lançar vias para conversações que serão em última instância realizadas em Libreville no Gabão numa data a indicar. Os rebeldes afirmam que suspenderam o avanço a espera de negociações, contudo tinham quebrado uma promessa idêntica na semana passada.
O presidente François Bozizé, disse que irá negociar mas apenas se os rebeldes se retirarem das zonas que actualmente controlam. Os rebeldes respondem por sua vez que não se retiram sem negociações.
O presidente Bozizé falava publicamente ontem e pela primeira vez desde o início da rebelião, e disse que pediu a França e os Estados Unidos para ajudar a lutar contra os rebeldes, para permitir as conversações que terão lugar em Libreville. Bozizé acusou ainda os rebeldes de estar em complô com a oposição política contra o seu governo.
Analistas afirmam que os rebeldes parecem estar bem armados e questionam sobre quem estaria a financia-los. A França que dispõe de cerca de duzentas tropas em Bangui anunciou que não irá intervir e que as suas forças estão ali para defender os interesses franceses.
Lydie Boka da empresa Strategico em Paris diz que a França e o Chade aliados de longa data da República Centro Africana parecem recuar-se em relação ao perigo que ameaça o presidente François Bozizé e o seu governo.
Boka adianta que as negociações ainda são possíveis, e o que o melhor dos cenários para o presidente passaria pela formação de governo alargado, ou então que o pior seria uma resignação.
As unidades de combatentes da Seleka são originárias do norte do país. Muitos dos combatentes estavam envolvidos no conflito de quatro anos que terminou em 2007 com os acordos de paz. Diz-se que as disputas têm vindo a registar-se no norte desde 2009.
A coligação da rebelião – Seleka – exige que o governo implemente por completo os acordos de paz de 2007 e 2011 que incluem o pagamento dos combatentes rebeldes para se desarmarem e a respectiva integração dos mesmos nas forças armadas.
O conselho de Segurança das Nações Unidas condenou os ataques dos rebeldes no norte.
O presidente François Bozizé é um antigo chefe das forças armadas que assumiu o poder em 2003 através de um golpe de Estado.