O candidato presidencial do Movimento Democrático de Moçambique, Lutero Simango, iniciou a campanha eleitoral, na cidade da Beira, com a promessa de criar uma indústria farmacêutica para fazer face à falta de medicamentos nos hospitais públicos.
"Medicamentos básicos vamos produzir aqui em Moçambique", disse Simango, que criticou o atual governo por importar todos os medicamentos.
Ele disse aos seguidores do partido, no sábado, 24, que "esses vermelhos (Frelimo) sabem que importando medicamentos ganham comissões para os seus bolsos. isso é corrupção".
Ainda nesta área vital, Simango prometeu que "a cada ano vamos contratar 100 médicos para os hospitais públicos, esse governo contrata apenas 25 por ano".
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Simango prometeu igualmente a redução de impostos, argumentando que com tal a população terá permitir maior poder de compra, e atrair investimento para que Moçambique saia da lista dos países mais pobres do mundo.
Governo inclusivo
A Frelimo, partido no poder desde 1975, também escolheu a cidade da Beira como ponto de partida da sua campanha eleitoral, e fez as suas promessas.
O seu candidato presidencial, Daniel Chapo, prometeu formar um governo inclusivo, cujas nomeações de altos cargos serão feitas na base de competência e não a filiação partidária.
Com a reabilitação da rede viária e mais investimento em programas de redução da pobreza, disse Chapo, serão reduzidas as diferenças entre ricos e pobres.
Veja Também Jornalistas moçambicanos queixam-se de violência nas eleições“Precisamos de melhorar a prestação do serviço de saúde, educação e outros serviços a nossa população. A nossa população merece, precisamos de combater certos males que estão acontecer e nós não podemos continuar a achar que esses males são normais", disse Chapo.
Fim da corrupção
Chapo prometeu acabar com a corrupção enraizada no sector público, que considera o inimigo do desenvolvimento do país. "É um mal que infecta e afecta a nossa sociedade", disse.
Na abertura da campanha, em Quelimane, no dia 24, a secretária-geral da Renamo, Celestina Bomba, também apontou a luta contra a corrupção e prometeu melhorar condições sociais.
“Há 50 anos que os moçambicanos clamam pelas estradas, transportes condignos, água potável sistemas nacionais de saúde e educação de qualidades”, disse Bomba.
Por seu turno, o candidato independente, Venâncio Mondlane, que abriu a campanha eleitoral na cidade da Matola, na província de Maputo, prometeu acabar com a onda dos raptos e o terrorismo que afecta alguns distritos da província de Cabo Delgado, na zona norte do país.
Ele disse que tanto os raptos como o terrorismo são males que resultam da má governação do partido no poder, a Frelimo. Venâncio prometeu também reforma no estado como forma de combater a corrupção.
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