Os criadores de gado na província do Namibe movimentam-se para outras regiões à procura de água e pasto.
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No município pecuário do Virei e em algumas regiões do sul do município do Tombwa regista-se um movimento migratório massivo de criadores de gado para municípios no sul da província da Huila.
Além da procura de água e pasto, os autóctones dizem fugir igualmente à fome que grassa nessa franja da população angolana.
Em consequência da transumância em várias localidades, as escolas ficaram às moscas porque os pais tiraram as crianças.
A situação social dos autóctones, em consequência da seca, na “terra do carneiro” é descrita de preocupante, segundo alguns anciãos locais.
Em defesa dos criadores, autoridades governamentais, de acordo com a Administradora do Município do Virei Juliana Fonseca, falando para a Rádio Nacional de Angola em Moçâmedes, diz ter sido lançada uma ampla campanha de sensibilização dos criadores de gado no sentido de poderem vender os animais debilitados e das poupanças a arrecadarem procurarem reerguer o rebanho tão logo termine a fase da crise.
Fuga para a Namíbia
A norte da província do Namibe, que nos últimos tempos tem-se notabilizado no aproveitamento do “ouro verde”, os agricultores dizem que trabalham a terra, mas o pesadelo da escassez de chuvas pode comprometer o ano agrícola.
O responsável da Agricultura no Município do Camucuio, Paulo Menezes, diz prever agudização da fome nas comunidades locais nos próximos tempos
Já no Município do Curoca, província do Cunene e na Comuna do Iona, município do Tombwa, na província do Namibe, regista-se também um fluxo migratório de autóctones angolanos para a Namíbia.