A isenção do pagamento do teste da Covid-19 por parte de motoristas e ajudantes que transportam mercadorias de primeira necessidade é uma das alterações introduzidas no novo decreto presidencial deste mês sobre o estado de calamidade pública.
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Entretanto, os motoristas que circulam entre a capital angolana, Luanda, e as províncias do leste do país denunciam que são obrigados a pagar seis mil kwanzas pelas autoridades, numa violação do decreto.
“Honestamente dizendo, paga-se, pagamos seis mil kwanzas. Eu saí de Luanda no domingo e paguei. Eles não foram clarividentes na sua alocução, porque não está em vigor [decreto] conforme nós ouvimos, e como sempre pagamos”, lamentou o camionista Luqueni Patrício.
Domingos Neto, que usa a estrada nacional em direcção às províncias das Lundas Norte e Sul e Moxico, confirma também ter desembolsado "seis mil kwanzas" no domingo, para poder fazer o teste da Covid-19 e, assim, seguir viagem "num camião com um contentor de bens alimentares diversos para uma província que não tem nada”.
“É uma taxa muito alta, seis mil é muito dinheiro”, lamentou Neto.
Entretanto, o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, disse que os testes para camionistas seus ajudantes são grátis.
“O que está determinado é a gratuitidade dos testes para os camionistas e o respectivo ajudante que transportem estes produtos de Luanda para outras províncias, ou de outras províncias para Luanda”, garantiu, acrescentando “que se quer é facilitar o comércio de transporte de bens essenciais que têm um potencial de consumo maior e específico na época natalícia”.
Entretanto, os preços dos produtos continuam a aumentar nos mercados em Malanje.