Na sequência do anúncio da construção de mais barragens para o fornecimento de energia aos países da região da África Austral, particularmente na África do Sul, a Hidroeléctrica de Cabora Bassa afirma não se sentir ameaçada, por não haver previsão do termo do abastecimento de energia aos países vizinhos.
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A região austral de África vai ter em breve novas barragens hidroeléctricas, duas das quais a serem edificadas na vizinha Africa do Sul, para fazer face às necessidades energéticas.
Estas barragens poderão obrigar a um reposicionamento da Hidroelectrica de Cabora Bassa, barragem moçambicana que fornece energia eléctrica a vários países da região.
Contudo, o presidente do Conselho de Administração da HCB, Paulo Mulhanga, diz não haver previsão para o fim da relação de abastecimento de energia com os países vizinhos, pelo que não se sente ameaçado com os projectos vindouros.
"A indicação que nós temos é que pretendem continuar a comprar a energia da HCB inclusivamente neste momento em que estamos a discutir a construção da central norte há indicações muito fortes de que pretendem continuar a colaborar com a HCB", disse Paulo Muxlanga para depois apontar o mercado interno como outra solução: "o nosso país está a crescer exponencialmente e não nos esqueçamos que há outros países, para além da África do Su,l que precisam de energia".
A HCB é actualmente o maior produtor de electricidade em Moçambique, com capacidade superior a 2000 megawatts e abastece o país (perto de 250MW), África do Sul (1100MW) e Zimbabué (400MW).
Por outro lado, Paulo Muxlanga destaca o arranque em breve da segunda fase da Hidroeléctrica de Cabora Bassa (HCB), projecto designado de Cabora Bassa Norte, cuja construção vai aumentar em 1250 megawatts a capacidade de produção de energia do empreendimento, actualmente de 2075 megawatts, podendo abastecer a outros países que se mostram interessado.
O custo do projecto de construção Cabora Bassa Norte está avaliado em cerca de 700 milhões de dólares.