Cabo Verde realiza neste domingo, 1, as nonas eleições autárquicas que abrangem 22 municípios, com cerca de 352 mil eleitores inscritos, mais 15 mil que na última votação, há quatro anos.
São 1.079 mesas de voto que tinham sido programadas para abrir às 08:00 e encerrarem às 18:00 locais, com 62 listas a concorrer, incluindo cinco movimentos de cidadãos. Contudo, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, após exercer o seu direito de voto nas eleições autárquicas, lamentou os atrasos registados em várias mesas de votação, bem como as dificuldades organizacionais, enfatizando a importância de garantir que todos os cidadãos possam exercer o seu voto livremente e sem pressa.
“Infelizmente, não devia acontecer. Esta matéria tem a ver com a organização, que é da responsabilidade da Comissão Nacional de Eleições, mas o importante é recuperar os atrasos e garantir que todos possam exercer o seu direito de voto em liberdade, com o tempo que for necessário, porque é importante que a cidadania política se manifeste através do voto”, afirmou o primeiro-ministro, Correia e Silva.
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Entrevista com José Maria Neves: "É preciso se repensar o sistema de governação na União Africana"
A maior ou menor comparência nas urnas determina a pujança da nossa democracia".José Maria Neves, Presidente de Cabo Verde
O Presidente da República, José Maria Neves, pediu durante o seu discurso de sábado, 30, uma "massiva participação no ato eleitoral" autárquico e também recordou a importância da votação para definir o poder local, recordando a importância de o legitimar.
A presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Maria do Rosário Pereira tinha assegurado que tudo estava pronto para o dia das eleições. Contudo, segundo a CNE existem "danos reputacionais" no processo eleitoral devido à presença em ações de campanha do presidente do Núcleo Operacional de Sistemas de Informação (NOSI), a entidade que faz a gestão informática do Estado cabo-verdiano.