Em Cabo Verde, as mulheres consideram ter avançado muito e, apesar da menor presença delas nos principais cargos de direcção, constituem peça-chave do desenvolvimento do país.
Agora, a “luta” está centrada na aprovação de uma lei de paridade do Parlamento.
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A presidente da Organização das Mulheres de Cabo Verde (OMCV) a mais antiga organização de promoção feminine, afirma que a mulher cabo-verdiana tem sido peça-chave desenvolvimento do arquipélago desde a primeira hora.
Idalina Freire sustenta a sua afirmação com o forte engajamento da camada feminina nasactividades laborais, sendo o maior rosto do mercado informal, e noutras outras frentes, lado a lado com os homens, nomeadamente na agricultura.
Ela destaca ainda o papel das mulheres na vida familiar, onde parte significativa de cabo-verdianas são chefes de família.
Na mesma linha, a presidente da Rede de Mulheres Parlamentares enaltece o prestimoso contributo dado pelas mulheres no processo de desenvolvimento do paíse no seio familiar.
Para Lúcia Passos, “elas são verdadeiras heroínas”.
Apesar da grande contribuição, Passos considera que a camada feminina ainda enfrenta muitas dificuldades e barreiras que precisam ser ultrapassadas, por isso destaca a movimentação no sentido de se aprovar uma lei de paridade no Parlamento.
A meta vai no sentido do equilíbrio da balança (50-50), mas a presidente da Rede de Mulheres Parlamentares reconhece que não será fácil e, por isso, espera contar com a pronta colaboração das diferentes estruturas, órgãos de soberania e, sobretudo dos homens.
"As mulheres têm dado provas de capacidade e precisam ter as mesmas oportunidades que os homens, não faz sentido termos o maior número de raparigas formadas, mas com menos possibilidade de empregabilidade. Precisamos também de mais espaços para a entrada na política, inseridas nas listas em lugares ilegíveis, mais e melhores cargos de liderança nas empresas publicas e privadas, entre outros direitos", realça a deputada do MpD, no poder.
A aprovação da lei da paridade é vista com satisfação pela presidente da OMCV, uma iniciativa, segundo Idalina Freire, “que deve ser abraçada e apoiada por todos, homens e mulheres”.