A notícia sobre o inquérito que o Gabinete Antifraude Europeu está a fazer para apurar os factos associados à denúncia da eurodeputada Ana Gomes sobre a aquisição de um terreno em Cabo Verde pelo antigo embaixador da União Europeia, José Manuel Pinto, está a gerar comentários no arquipélago.
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O português Pinto Teixeira é suspeito de ter sido beneficiado na compra de um lote numa zona privilegiada na Praia, que tinha sido negado a um cidadão cabo-verdiano.
O vereador pela área do Urbanismo da Câmara Municipal da Praia, Rafael Fernandes, estranha que o ex-embaixador esteja a ser alvo de suspeitas pela aquisição de um terreno na Prainha, para o qual desembolsou a quantia mais elevada já paga naquela área da cidade da Praia.
O analista político Daniel Medina vê com naturalidade a realização do inquérito pela estrutura anti corrupção da União Europeia, já que nos países e organizações onde as coisas são levadas com rigor, qualquer denúncia merece a devida investigação para o apuramento dos factos.
Medina diz que não há razão para se apontar o dedo ao antigo embaixador José Manuel Pinto Teixeira, apenas por este ter adquirido um terreno para construir uma habitação na cidade da Praia.
O analista diz que se deve esperar pela conclusão das investigações e depois tirar as devidas conclusões.
“Caso ficarem provadas que as denúncias feitas pela eurodeputada, Ana Gomes que é do partido Socialista português contra José Manuel Pinto Teixeira, que deve pertencer a outra família política, aí podem beliscar a imagem dos acusados” realça Medina.