O Sindicato Cabo-verdiano dos Professores (Sindep) marcou para o dia 15 de maio uma nova greve de sete dias para reivindicar o reajuste salarial e o pagamento de subsídios relacionados com a carga horária, em dívida desde 2018.
A organização sindical e o Governo não se entendem, apesar do Ministério da Educação continuar a afirmar que tem honrado os compromissos assumidos entre as partes.
"Faz tempo que estamos em negociação com o ministro, mas não chegamos a um entendimento em dois aspetos como o reajuste salarial e pagamento dos subsídios pela não redução de carga horária", afirmou o presidente do Sindep, Jorge Cardoso, para quem a "conversa tem sido sempre a mesma", com a justificação de que ainda decorre a revisão do estatuto da carreira docente.
A paralisação deve coincidir com as provas gerais internas do 12.º ano, entre os dias 15 e 17 e entre 21 e 24 de maio.
Esta é a segunda greve dos professores despois de, em novembro de 2023, terem protagonizado uma paralisação de dois dias que paralisou todo o sistema de educação do país.
No passado dia 9, na ilha do maio, o ministro da Educação disse que todos os professores que adquiriram o grau de licenciatura já foram requalificados, uma das exigências do sindicato, e que o Ministério da Educação tem vindo a fazer de tudo para cumprir as promessas feitas aos docentes.
Amadeu da Cruz reiterou estar a trabalhar para que todos os docentes tenham as condições para exercerem as suas profissões com dignidade e lembrou que está a dialogar com os sindicatos dos professores para a definição de um salário aos professores de 89 mil escudos (cerca de 870 dólares) , em vez dos 95 mil escudos (930 dólares) propostos pelos sindicatos, até ao final deste ano.
Quanto à greve, Cruz disse carecer de uma ponderação porque "estão em causa os interesses dos alunos do 12º ano de escolaridade”.
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Paralisação visa reivindicar o reajuste salarial e o pagamento de subsídios relacionados com a carga horária em dívida desde 2018.
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