O vice-primeiro e ministro das Finanças de Cabo Verde disse que o Governo vai desenvolver uma intensa campanha diplomática e realizar árduo trabalho para conseguir o perdão da dívida.
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Depois da moratória dada pelo G-20 para o pagamento das dívidas até o final do ano e da possibilidade de os países subdesenvolvidos verem as dívidas perdoadas, Olavo Correia considera que é fundamental o arquipélago ser também contemplado, para que possa prosseguir com os programas de investimento e desenvolvimento.
De acordo com o governante, a pandemia da Covid-19 obrigou o Executivo a aumentar despesas com a saúde e programas sociais, numa altura em que se regista acentuada redução na arrecadação de receitas.
O economista António Batista afirma que mesmo antes da Covid a dívida externa já era alta, mas reconhece que o Governo fez bem em dar atenção aos sectores acima mencionados neste período da pandemia, embora isso tenha contribuído para aumentar o endividamento.
Para o também professor universitário, agora as autoridades devem desencadear uma autêntica corrida diplomática para convencer os parceiros, embora considere tratar-se de uma situação difícil obter o perdão de todos, tendo em contaalgum posicionamento de alinhamento de Cabo Verde nos últimos tempos.
As "guerras comerciais Estados Unidos - China, temos agora o caso Alex Saab,então eu não vejo Cabo Verde numa diplomacia de não alinhamento que possa receber o agrado de todos. No G20 há diferentes fações, neste caso ao alinharmos podemos ter perdão de uns e não de outros, caso o assuntoseja resolvido por consenso fica difícil para nós",diz o economista.