O Governo de Cabo Verde propôs aos Estados Unidos um acordo de cooperação na área de defesa e segurança, que defenda os interesses do arquipélago e também de Washington junto da sub-região ocidental africana.
A proposta foi feita hoje aqui em Washington ao Departamento de Estado e do Pentágono pelo ministro cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros que acredita numa resposta positiva do Governo americano.
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Numa visita de pouco mais de 12 horas a Washington, o chefe da diplomacia de Cabo Verde encontrou-se com Amanda J. Dory, vice-assistente do secretário de Defesa, a quem apresentou a proposta.
Para Luís Filipe Tavares, devido à sua localização geográfica, Cabo Verde tem enormes desafios frente ao tráfico de droga e de pessoas e terrorismo, entre outras variantes do crime organizado.
“Temos os nossos desafios e vim a Washington apresentar ao Governo americano esta proposta de acordo e estamos fortemente empenhados em conseguir uma cooperação ainda mais estreita com os Estados Unidos, que sabem que podem combater com Cabo Verde”, revelou Tavares, lembrando a posição geográfica do arquipélago na sub-região da África Ocidental.
O chefe da diplomacia cabo-verdiana afirmou que “as autoridades americanas acolheram a proposta com muita atenção e acredito que dentro de meses iniciaremos as negociações”.
Outra preocupação do novo Governo cabo-verdiano é aumentar as trocas comerciais entre os dois países, que passa por aproveitar as oportunidades que oferece a AGOA, a lei de oportunidades e crescimento que permite a países africanos exportar para os Estados Unidos em condições preferencias.
O ministro da Economia José Gonçalves deixou Washington ontem e as autoridades da Praia debatem com o Governo americano a melhor forma de aproveitar esta oportunidade.
Aliança Global
Entretanto, Cabo Verde passou a integrar uma Aliança Global para a promoção da paz, inclusão e desenvolvimento sustentado lançada na semana passada durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, juntamente com México, Noruega, Qatar, Tunísia e Serra Leoa
Na conversa com a VOA, o ministro dos Negócios Estrangeiros garante que “Cabo Verde está fortemente empenhado no sucesso dessa aliança, principalmente para que possamos vencer o desafio da desigualdade”.
O governante apontou a “criação de espaços de diálogos entre os países”, como um dos principais objetivos do seu Executivo na Aliança Global.